E foi assim o Eu Acho É Pouco
Muita
O nome Eu Acho É Pouco surgiu devido a cena política existente no Brasil naquela época. O país vivia a fase da ditadura militar, onde tudo era proibido e as pessoas viviam com medo da repreensão policial e das autoridades. Para satirizar a situação, os fundadores do bloco criaram o nome, relacionando com o momento, que pior não poderia mais ficar, por isso o “acho é pouco”.
Com todo o crescimento, foi criado o Eu Acho É Pouquinho, voltado para as crianças. Dessa forma, os foliões poderiam dedicar um dia da folia aos seus filhos, já ensinando-os desde pequenos a magia do carnaval e da agremiação. Essa paixão foi passando de geração para geração, e desde o ano de 2001, os filhos dos antigos presidentes e coordenadores passaram a assumir a organização do bloco, levando seus amigos. O primeiro baile superou todas as expectativas, de forma que os ingressos disponíveis para a venda acabaram-se em uma semana.
O Eu Acho É Pouco é o único bloco carnavalesco pernambucano que sai durante os quatro dias de carnaval. No sábado de Zé Pereira, os foliões saem em Olinda do Mosteiro de São Bento no finalzinho da tarde. Já no Recife, a agremiação desfila no domingo, com concentração na Praça do Arsenal, no Recife Antigo. A segunda-feira é dedicada aos pequenos, logo, é o dia do Eu Acho É Pouquinho, que sai de manhã com as crianças em frente a sede do bloco em Olinda.
Na terça-feira, o dia de encerramento, os admiradores do bloco amarelo e vermelho se encontram novamente em Olinda para fazer o último desfile do carnaval. Muitos perguntam como eles conseguem tanto fôlego, mas é exatamente isso que faz o bloco ser único e especial. Confira o vídeo com Guilherme Calheiros, coordenador do bloco, que conta um pouco de como tudo começou:
Imagens: Fernanda Guerra / Edição: Tatiana Sotero