Coleções ganham destaque no apartamento de André Carício
Ao cruzar a porta do apartamento de 120m² do arquiteto André Carício, em Boa Viagem, três coleções já chamam atenção em meio à mobiliária de cores fortes e ambiente planejado. Os vasos de murano coloridos ficam espalhados pela sala de estar, ganham lugares no centro e na estante. O primeiro deles foi comprado em Veneza, na Itália, há três anos. De cara, André comprou logo duas peças e depois disso não conseguiu mais parar. Nas suas idas e vindas a São Paulo, destino para o qual viaja com frequência, por motivos pessoais e profissionais, o arquiteto arrematou o restante da coleção. Ao todo, são oito vasos de murano, que variam de cores e tamanhos. “Alguns deles eu comprei na feirinha da Praça Benedito Calixto, em São Paulo”, contou o arquiteto.
O endereço, inclusive, contempla uma mistura de brechó e antiquário, onde são encontrados brinquedos antigos, móveis restaurados, discos raros, entre vários outros itens. Por lá, circulam decoradores, produtores de cinema e artistas, que garimpam ali peças vintage ou inusitadas para seus trabalhos. André, é claro, é um deles e não deixa de passar por lá um ano sequer. Para manter as peças é simples. “Sempre peço para a minha secretária tomar o máximo de cuidado ao lavar ou passar um pano úmido”, disse ele.
No segundo ambiente do apartamento, ou melhor, na sala de jantar, André Carício planejou seis estantes de vidro para agrupar a coleção de taças de cristal. Há 10 anos, ele comprou as quatro primeiras em Florença, que ganham desenhos de anjinhos, mas ele nem imaginava ainda, à epoca, que iria tomar gosto para a coleção. Há quatro meses, em visitas frequentes a antiquários da cidade, André bateu o olho em mais peças e decidiu arrematá-las. Hoje, o arquiteto soma em média cerca de 30 taças.
A terceira coleção é de obras de artes. Estas sim, ficam espalhadas aos quatro cantos do apartamento do arquiteto. Eudes Mota, Roberto Ploeg, Fernando Araújo, Reynaldo, George Barbosa, Macaparana, Badida estão entre os nomes dos artistas que assinam as peças. André comprou o primeiro, Tributo a Gauguin, de Ploeg, em 2009, através de contato com o artista. O arquiteto confessou que nunca destacou uma obra ou artista preferido. “Gosto de todos os estilos, cada artista tem sua particularidade”, disse.
Apesar do “ciúme” das três coleções e o cuidado com cada peça, André já colocou algumas delas (taças, quadros e vasos) nos espaços que levam sua assinatura na Mostra Casa Cor. O hall de entrada do último evento na capital pernambucana serviu de cenário para suas coleções e ganhou inúmeros elogios dos visitantes.
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