Antônio Nóbrega e suas mil faces
Ele toca violão, violino e bandolim. Compõe frevos, dança, atua, é um estudioso da cultura popular e detentor de vários prêmios. Como se não bastasse, administra um local de cursos, oficinas e mostras em São Paulo. Não é à toa que aos 61 anos, Antônio Carlos Nóbrega será um dos homenageados do carnaval do Recife deste ano ao lado do frevo. As apresentações que ele fará no período momesco serão recheadas de canções do ritmo e homenagens a grandes compositores. As surpresas serão para quebrar o hiato de dois anos longe do carnaval pernambucano.
O interesse de Antônio pela música surgiu cedo, quando tinha oito anos e foi incentivado pelo pai a aprender violino. Aos 18, o escritor Ariano Suassuna o convidou para integrar o Quintento Armorial, grupo percursor na criação da música erudita baseada nas raízes nordestinas. Fez parte do Quinteto por 10 anos e seguiu para São Paulo, onde desenvolveu seu próprio estilo de concepção na música e artes cênicas. De lá pra cá, o pernambucano viajou Brasil afora com vários espetáculos musicais, lançou sete CDs e três DVDs.