Titãs, heróis e vilões tomaram conta da Sala da Justiça
A
Cumbia, samba, carimbó e jovem guarda foram os ritmos que abriram a noite, executadas pela banda Academia da Berlinda. Os olindeses colocaram a plateia formada por heróis e vilões ainda tímida para dançar. No repertório, Lua, Fui humilhado, A gringa, Cumbia da praia e Ivete. Mas o grande momento aconteceu quase no final da apresentação, quando os artistas convidaram Lia de Itamaracá para dar uma canja. Não deu outra. O momento animou bastante o público, que dançou ciranda junto com Lia.
Encerrada performance de Academia da Berlinda, um vasto número de fantasiados se amontou próximo ao palco para saudar os Titãs. “É um privilégio tocar aqui”, disse Paulo Miklos logo após os roqueiros tocarem as duas primeiras músicas: Lugar nenhum e Aluga-se, em homenagem a Raul Seixas. Eletrizante do início ao fim, o show fez um apanhado dos 31 anos dos Titãs e mostrou o autêntico rock brasileiro para a plateia que estava dividida entre adultos, que acompanham a carreira dos paulistas desde o início, e adolescentes, que cantaram as músicas de olhos fechados. Com anos e anos de estrada, Paulo Miklos, Branco Mello, Sérgio Britto, Tony Bellotto e Mário Fabre mostraram que o tempo foi bondoso com o quinteto e que eles ainda têm fôlego para cativar os mais jovens.
A interação dos músicos com os pernambucanos não poderia ter sido melhor. “Nós somos a banda paulistana mais recifense do Brasil”, declarou Paulo bastante satisfeito com a empolgação dos fantasiados. Foram duas horas de músicas ininterruptas dividas em duas partes: a primeira foi dedicada ao disco de estreia do grupo, Cabeça Dinossauro, lançado em 1986, e contagiou os foliões com Polícia, Bichos escrotos e Família. Já o segundo momento foi recheado com Epitáfio, Diversão e Comida. O auge ficou por conta de Sonífera Ilha.
Quem ainda teve pique conferiu as batidas de frevo misturada a riffs de guitarra da banda Eddie. Para segurar os foliões até o amanhecer, Fábio Trummer e os integrantes da Eddie receberam convidados de peso: Lirinha, Isaar, Rogerman e a Orquestra Henrique Dias. O resultado? O Pavilhão do Cecon inteiro foi até o chão com os clássicos Pode me chamar, O Baile Betinha, Desequilíbrio e Danada. Nos intervalos, a Orquestra de Frevo circulava pelo espaço, executando as marchinhas que são sucesso no nosso carnaval. Quem também esteve por lá foi Roger de Renor com o seu Som na Rural. Os foliões puderam entrar no automóvel e registar a noite memorável. Confira mais fantasias: