Entrevista exclusiva: Nando Reis se considera um sujeito imperfeito

Nando Reis - Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

Nando Reis – Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

Antes de subir ao palco do Baile Perfumado, nesta sexta-feira,  o cantor Nando Reis conversou com a equipe do Blog João Alberto ao telefone, sem pressa e disposto a contar tudo sobre os detalhes do show na cidade e da carreira. Recife foi a primeira cidade que Nando botou os pés para fazer show após a saída do grupo Titãs. Lançado de forma independente em outubro, o álbum Sei, com canções que integram o repertório desta noite, marca o retorno do cantor e compositor ao campo autoral. Confira o bate-papo exclusivo:

Como é a sua ligação com o público pernambucano?

Eu gosto muito de tocar aí. Fiz shows memoráveis com os Titãs, e inclusive, foi a primeira cidade que me apresentei depois de ter deixado o grupo. Tenho grandes amigos pernambucanos e admiro bastante o trabalho de Fred Zero Quatro, Nação Zumbi e Lenine. Sempre que vou ao Recife, peço para comer uma carne de sol, e fico hospedado em Boa Viagem, bem pertinho da praia. Pena que minhas passagens sempre são muito rápidas.

Nando Reis - Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

Nando Reis – Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

“Sei” foi o seu primeiro lançamento independente. Como foi todo esse processo de produção? E O que pesou mais para o disco ter sido lançado desta forma: a Universal não ter renovado o contrato ou um desejo de seguir por esse caminho?

O que pesou mais foi o fato de estar sem gravadora. Agora, o álbum só é disponibilizado no meu site e em uma loja itinerante montada em todo show, inclusive vai ter uma no Recife. Isso não tem uma questão ideológica. Eu tenho que divulgar a melhor forma do meu trabalho. Quem me der as melhores condições, eu abraço.

Qual é a sua faixa favorita do álbum? (Pré-sal descreve coisas relacionadas à sua infância e teve nome sugerido por sua irmã).

Coração vago, Pré-sal e Sei. Cada uma tem um significado diferente. Pré-sal especialmente porque é uma música que tem todas as características que eu gosto, como abertura de disco, de show. Eu sempre monto  um panorama cujo impacto tem muito a ver como a forma que as pessoas podem entender com a letra da música, gosto de passar essa coisa sensorial. Coração vago tem um arranjo muito bonito. Sou um sujeito imperfeito. A coisa mais importante que eu tenho dito na minha vida. Sei é uma linda declaração de amor, uma linda manifestação do estado de paixão, e ela não tem um formato óbvio.

Nando Reis - Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

Nando Reis – Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

Como surgiu a ideia de reunir seus irmãos em sua casa para mostrar as canções que gravaria para o álbum. Você sempre costuma fazer isso?

Nunca fiz. Foi a primeira vez. Sou um tímido, quase não mostro às pessoas. Aconteceu dessa vez porque talvez eu queria a opinião delas para saber o resultado de todo o trabalho, mas não costumo fazer isso.

Além de canções que consagraram a carreira, tem alguma música que você não pode deixar de incluir no repertório?

Pré-sal  e De Janeiro a Janeiro.

Como é seu processo de composição? Quais os artistas que lhe inspiram?

Muitos artistas me inspiram. É uma lista enorme. A inspiração vem daquilo que fica no subconsciente. Costumo pegar um violão e encontrar uma melodia que me pareça suficientemente inédita e original. Depois tudo flui.

Nando Reis - Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

Nando Reis – Crédito: Bruno Trindade/Divulgação

O que você está escutando no momento? E o que você anda lendo?

Tenho sempre um livro da coleção Memórias de Pedro Nava e escuto muita coisa.

Tem algum assunto no momento que você esteja pensando ou algum acontecimento da sua vida e queira transformar em música?

Sempre tem, eu não teria um motivo pra falar agora, porque a música fala por si só.

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– O setlist de Nando Reis no Baile Perfumado
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Author: Thayse Boldrini

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