O sonho, o foco, a meta e o sucesso de Carol Levy
Tem artista que já nasce com a sua trajetória de sucesso trilhada na maternidade. Outros não. Fazem um trabalho de formiguinha até serem reconhecidos. Caem aqui, levantam acolá, mas não desistem. Têm foco. É o caso da publicitária, contadora de histórias e cantora Carol Levy. A pernambucana descobriu que seu dom era este: cantar, contar histórias e encantar os pequenos. “As crianças funcionam em outra frequência. Quando você consegue se conectar a elas, a coisa flui”, sintetiza Carol que, sim, acertou em cheio na sintonia com os pequenos e nunca mais se desconectou dela. Tanto que lota as casas de show por onde passa e comanda uma plateia de olhinhos mirins aficionados. Neste sábado e domingo, ela estará no Teatro RioMar apresentando o show do seu CD Cantabicho (saiba mais aqui) e o Blog João Alberto aproveitou para bater um papo com ela e saber um pouco mais da sua história também. Confira:
Panfletos: Pois é. Carol Levy foi daquelas que acreditou no seu talento. Quando descobriu que queria seguir a carreira artística, focou nisso. Na primeira vez que resolveu contar histórias para crianças, em 2010, espalhou panfletos pelo elevador do seu prédio e reuniu cerca de 15 crianças para ouvir suas historinhas. “Quando acabou, eu pensei: E não é que foi fácil e divertido?”, recorda.
Na livraria: Fez duas apresentações na Livraria Cultura também para divulgar seu trabalho. Dali em diante, o espaço não teve mais verba para destinar às contações. Ela, apoiada pelo marido, parceiro e seu produtor musical, Carlinhos Borges, decidiu continuar o trabalho. “A gente enxergou que ali era uma forma de mostrar o meu trabalho. Foi um laboratório onde eu experimentei e aprendi bastante”, recorda ela que passou mais de um ano indo todos os sábados com o marido para a contação.
De lá da plateia – E eles estavam certos. Lá da plateia, a produtora da Globo, Taís Toledo, assistia semanalmente ao seu trabalho e admirava a forma de Carol encantar as crianças. Ela foi tema de algumas matérias da emissora e cada vez mais seu nome passou a ser conhecido. Junto a isso, começou a criar seu portfólio, fazer seus vídeos para o Youtube que “bombavam” em audiência e daí não parou mais. Entre as centenas de trabalho, gravou seu DVD Contarola, disponibilizou-o no Netflix, gravou uma temporada do programa Contarolando na Rede Globo, mais recentemente, o seu CD Cantabicho e não para…
Projetos profissionais – Carol Levy está ligada no 220V. Cheia de planos. Mas não tem pressa. Tem foco. E a meta hoje é o CD Cantabicho. “Estamos com um show bem amarradinho. Uma equipe de 14 profissionais ligados diretamente a gente, como dançarinos, músicos, maquiador, produtores. Investimos muito nele e quero divulgá-lo desta forma que pensamos”, conta ela, descartando, para o momento, uma apresentação reduzida do espetáculo. Até o fim do ano, pretende lançar este trabalho também em DVD, um pedido recorrente dos fãs (e pais deles). Na lista de metas: a gravação de projeto de TV para o Funcultura, a continuação do seu programa na Globo e fazer oficinas ou workshops de contação de histórias.
E no lado pessoal – “Filhos. Quero ter mais dois. Se eu pudesse, tinha logo”, brinca Carol Levy, mãe do pequeno Bento de pouco mais de dois anos. É o pequeno, que tem o privilégio de shows particulares e exclusivos da mamãe, também a fonte de inspiração da cantora. A música “Ventilador de Teto”, por exemplo, surgiu de uma brincadeira de Carol para fazê-lo comer macarrão na hora do almoço. “Eu penso no mote e Carlinhos (o marido) faz a produção musical”. Imagina só a farra dentro de casa?
História marcante – Da publicitária que começou a contar histórias no prédio e, gratuitamente, numa livraria a uma artista que lota casa de shows e arranca lágrimas de emoção do fã mais puro que existe, a criança. Sim, nesta carreira tem muitos momentos marcantes. Mas um em especial Carol contou para o Blog. Lembrou do pedido de uma mãe, cuja filha, uma fã, não parava de morder os amigos e parentes. Pediu ajuda a Carol quando ela conversaria com o público ao final de uma apresentação. Ela, então, pintou o braço de vermelho e, na primeira oportunidade, contou que tinha sido mordida por uma criança. Acrescentou ao fato, algo que faz bem, uma história. “A menina mordia tanto que perdeu os amigos e foi morar numa gruta. Depois, percebeu como era ruim morar só e parou de morder”. A mãe comemorou a conquista. “Isso para mim é muito especial. Fiquei pensando: olha só a minha responsabilidade. Eu nunca posso esquecer isso, pois trabalho com o ser mais puro do mundo e a nossa esperança no futuro”, disse ela. E desde que descobriu seu dom, Carol não perdeu mesmo isso de vista. Descobriu sua estrela, acendeu e, esperam seus fãs, nunca vai deixá-la apagar.