Justiça questiona uso do Parador Itaipava
Com informações de Tatiana Sotero
Duas ações populares questionam a privatização de espaços públicos durante o Carnaval, sem qualquer benefício para população. O Parador é um dos alvos da Justiça Federal, que intimou os responsáveis do camarote, no Recife Antigo, para explicar o uso do espaço público para a festa privada, com o prazo de 72 horas, após decisão de ação popular de autoria do advogado Pedro Josephi.
De acordo com a assessoria de imprensa do camarote, contactada pela equipe do Blog João Alberto, a locação foi feita com o consórcio Grande Recife e que vão apresentar à Justiça todas as licenças e contratos pagos para realizar a festa no local. Inclusive, a intimação foi feita ao Consórcio e não aos produtores do evento. Este é o segundo ano que o espaço realiza eventos do porte no período carnavalesco.
O advogado Pedro Josephi alega: “Os shows do Parador, acontecerão a menos de 500 metros do Marco Zero, onde ocorrem os shows gratuitos, o impacto será imenso, não apenas no ir e vir das pessoas, mas no som da festa privada sobre os blocos que desfilam por ali. Serão mais de 15 mil pessoas só para esse evento, durante os três dias”.
O juiz Andrelino Nogueira Júnior, da Quarta Vara da Fazenda Pública, já havia intimado, nessa segunda-feira, a Prefeitura do Recife e o bloco Galo da Madrugada a se justificarem sobre a exploração comercial dos locais sem que tenha havido licitação. Para ambas, a justificativa é que o interesse privado está se sobrepondo ao público em detrimento da população, que deveria usufruir dos espaços sem qualquer ônus.