Abertura do carnaval do Recife evidenciou a cultura pernambucana no palco do Marco Zero
A abertura do carnaval do Recife não poderia ter traduzido melhor a grandeza e multiculturalidade da cidade. Nesta sexta, o Marco Zero foi tomado de foliões que não esperam até o Galo da Madrugada para começar o carnaval.
Com a clarinada e fogos, a festa oficialmente começou com a já tradicional abertura com Naná Vasconcelos regendo as nações de maracatu. Este ano a apresentação do percussionista contou ainda com tribos de caboclinhos e a participação de Lenine. Muito querido pelo público, o cantor entrou com sua música Na pressão, acompanhado do ritmo das alfaias.
Um dos homenageados do carnaval, Maestro Forró escolheu um jeito de entrar no palco que combina com sua irreverência: por uma tirolesa. Atravessou a multidão pelo alto, e já começou a animar a plateia com gritos de “frevo!”, que repetiu durante toda a apresentação.
O Maestro e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério receberam no palco diversos convidados como Almir Rouche, André Rio e Nena Queiroga, Lenine, Otto, Johnny Hooker, Luiza Possi, Chico César e Elba Ramalho. Os frevos tradicionais foram a marca do show, mas contou com algumas surpresas.
Lenine mais uma vez regeu o público que cantou em coro Leão do Norte. Um dos pontos altos da noite foi a participação de Johnny Hooker, que incendiou o Marco Zero. Após momentos mais frios do espetáculo, quando o cantor entrou no palco cantando Alma Sebosa foi acompanhado do começo ao fim pela multidão e muito aplaudido. Outro ponto interessante foi a versão rock-frevo de Negro Gato com Cannibal.
Já no fim da apresentação, uma homenagem a Chico Science fez os músicos da Orquestra da Bomba do Hemetério se juntarem aos foliões e pularem no palco ao som de A Praieira e Maracatu Atômico. Durante toda a noite, não faltou frevo, animação e a promessa de um ótimo carnaval. Veja mais fotos: