Cultura popular é destaque no Carvalheira na Ladeira
Crédito: Paulo Paiva/ DP
Resgatar a raiz cultural das festas carnavalescas através de manifestações tradicionais do estado e torná-las familiares ao público, esses foram os maiores desafios do produtor cultural Guilherme Patriota durante a realização da quarta edição do Carvalheira na Ladeira, em Olinda. Além de atrações famosas nacionalmente como Anitta, Saulo Fernandes, Marília Mendonça, Latino e Simone e Simaria, a festa contou todos os dias com apresentações de dois grupos folclóricos no meio dos foliões.
Guilherme Patriota. Crédito: Paulo Paiva/DP
Patriota revela que inicialmente o projeto seria bem mais elaborado com um palco exclusivo para manifestações carnavalescas. No entanto, a proposta perderia muito de seu caráter popular que é de sair no meio do povo em forma de cortejo. Antes de definir as atrações, o produtor fez um levantamento para descobrir um ramo cultural e musical de cada região de desenvolvimento do estado. O resultado da pesquisa foi a variedade rítmica do Maracatu, Caboclinho, Frevo e do Afoxé.
Crédito: Paulo Paiva/DP
Já a escolha das manifestações foi decidida pela tradição, reconhecimento e representatividade que cada grupo tem em suas localidades. Entres os que se apresentaram por lá estavam Oxossi Pena Branca, Caretas, Maracatu Rural Leão da Fortaleza, dois bonecos de Olinda, Afoxé, Boi Marinho e La Ursa Zé da Pinga. Entre os shows, um grupo circula entre as pessoas relembrando que o Carnaval é antes de tudo uma festa popular.
Crédito: Paulo Paiva/ DP
Segundo Patriota, o espaço que a Carvalheira deu este ano é fundamental para o entendimento de todo o processo carnavalesco.”Esse contato faz com que várias pessoas de fora do estado e do país vejam e compreendam que essa outra parte da festa surgiu a partir desses grupos que estão ligado a religiosidade, tradição e inserção cultural das famílias”, explicou o produtor, e completou, ” é importante para você se reconhecer, reconhecer a cultura do seu estado e saber o que dá origem a tudo que a gente está vivendo aqui”.
