Balanço do penúltimo dia do SPFW: pochete em alta, paetês bordados e moletons usados por cima de vestidos
A repórter viajou a convite do SPFW | Cobertura tem apoio da Vert Rouge Sophistiqué
São Paulo: O penúltimo dia do São Paulo Fashion Week foi marcado por fortes tendências. A pochete já declarou que volta com força total nas produções, em diversos formatos, texturas e até estampas. Os moletons, peça que ganhou os holofotes desde a última temporada, serão usados com frequência por cima de vestidos e, em sua maioria, têm estampas de grafismos. As mangas continuam volumosas, o xadrez é bastante explorado e a lingerie ganha lugar de destaque no cenário fashion. Confira um balanço sobre tendências apresentadas nas passarelas da A La Garçonne, Cotton Project, Juliana Jabour e TIG:
A LA GARÇONNE – Homens de saia; xadrez e renda; influência da lingerie
O penúltimp dia de São Paulo Fashion Week começou com o desfile da marca A La Garçonne, comandada por Fábio Souza e Alexandre Herchcovitch. Com trilha sonora assinada por Max Blum, as modelos cruzavam a passarela cheias de estilo.
A marca completa um ano com a volta da caveira, figura que sempre foi associado à grife que Herchcovitch fundou; Homens de saia, o trabalho com xadrez e renda, a influência da lingerie os sapatos pesados. No casting, a maioria dos modelos eram negros, incluindo um haitiano.
COTTON PROJECT – Referência grunge, pochete e gorro
O diretor criativo da marca, Rafael Varandas, buscou referências no universo grunge para montar sua coleção, em que os tons terrosos chamam atenção.O gorro solto na cabeça complementa os looks, assim como os sapatos-chinelo arrastados com meias. Na passarela, vimos conjuntinhos que mais pareciam pijama, moletom e calça moleNa beleza, um leve avermelhado para dar impressão de “queimado do sol”.
JULIANA JABOUR – Grafismo, hotpant, moletons usados por cima de vestidos, mangas volumosas
A estilista apostou em linha radical com influências do universo motobiker, cheia de peças moderna e usáveis. Toda a inspiração aparece na cartela de cores, nos grafismos das estampas, e também nos moletons – usados por cima de vestidos – e camisetas com estampas localizadas.
As mangas merecem destaque com volumes inusitados e dobraduras, tanto em malharia como nos tecidos planos, e as golas seguiram o estilo vitoriano. O desfile é predominantemente preto e branco, com pitadas de cores apenas nas estampas. Nos acessórios, detalhe para os óculos, feitos em parceria com a Lema 21, os brincos, que imitam as ferragens das motos, com a Maria Dolores, e as pochetes.
TIG – Paetês bordados em tela que escorrem pelas peças lembram Salvador Dalí
A Tigresse, marca criada em 2008 por Renata Figueiredo, estreou nova identidade na passarela do São Paulo Fashion Week: agora passa a se chamar apenas TIG, que vai muito além das estampas – carro-chefe da marca – explorando couro, rendas, paetês, pele sintética. O desfile girou em torno da temática metamorfose e foi dividido em três fases: a primeia mais sóbria representando a mulher corvo, a segunda traz a mulher tigre, com muito brilho e o show fechou com a mulher fada, incluindo looks leves e fluidos.
A cartela de cores segue escura como preto, roxo e verde com contrapontos claros que iluminam, como o branco e prata. Nos acessórios, maxibrincos e pulseiras de insetos desenvolvidos em titânio com pedras Swarovski por Bianca Bertoni. As peças estarão disponíveis para venda no início de abril, nas lojas da TIG, em seu e-commerce e nas principais multimarcas do Brasil.
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