Mensagens empoderadoras no corpo das modelos marcaram desfile de Amir Slama
A repórter viajou a convite do SPFW | Cobertura tem apoio da Vert Rouge Sophistiqué
São Paulo: A sala de desfile do estilista Amir Slama estava lotada e nos corredores da Bienal, muita gente desesperada por um convite. Quando todos estavam sentados nos seus devidos lugares, eis que surge uma luz laranja na passarela com a presença do cantor Zeeba, co-autor do hit Hear Me Now, tocado por Alok, e que anda fazendo sucesso no mundo inteiro. Esta, inclusive, foi a música escolhida para dar início ao desfile.
Na passarela, as modelos roubavam a cena com objetivo de promover debate sobre o assédio nem sempre visível contra mulheres. Lá, o Estadão lançou o projeto Sexismo Invisível: pintaram mensagens de empoderamento no corpo das modelos, mas elas só apareciam em fotos feitas com flash. Frases como “decote não é convite”, “minha saia não é permissão?” e “me visto como eu quiser” foram aplicadas usando tinta especial e a técnica de máscara.
Para a coleção, Amir Slama buscou inspiração no show Saudades do Brasil, de Elis Regina, influenciando principalmente o movimento dos anos 1980 e as cores da passarela. Peças justas, modelo asa delta, looks cheios de tiras bem justos ao corpo ganharam destaque. Em contraponto aos looks colados no corpo, o estilista apresentou algumas peças boyish, com formas mais amplas e masculinas. No fim, Zeeba recebeu Amir Slama e os dois foram aplaudidos de pé. Confira mais imagens da coleção:
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