Criolo deu um show-aula contra a intolerância sofrida por mulheres, pessoas negras e LGBTs

Por Marcionila Teixeira/Especial para o Blog João Alberto

Crédito: Celo Silva/Divulgação

Bem-informado, Criolo lançou mão de seu carisma para convidar o público que encheu o Clube Português a repetir a hashtag #somostodosmirella – Crédito: Celo Silva/Divulgação

São incontáveis as formas de dizer não ao preconceito contra as chamadas minorias. Uma das mais eficazes, sem dúvida, é através da arte. Se em um show, o artista tem a capacidade de comover massas, também forma opinião. Na madrugada deste sábado, o rapper paulista Criolo deu um show-aula contra a intolerância sofrida por pessoas gordas, negras, LGBTs e mulheres. Bem-informado, lançou mão de seu carisma para convidar o público que encheu o Clube Português a repetir a hashtag #somostodosmirella, uma homenagem à fisioterapeuta assassinada e violentada sexualmente nesta semana por um vizinho, em Boa Viagem, no Recife. “Seja você a transformação”, clamou. Se a madrugada era de protesto, a galera aproveitou para lançar um “Fora Temer” no auge do show.

Crédito: Celo Silva/Divulgação

Se a madrugada era de protesto, a galera aproveitou para lançar um “Fora Temer” no auge do show – Crédito: Celo Silva/Divulgação

Criolo, nome pelo qual Kleber Cavalcante Gomes ficou conhecido, seguiu o roteiro previsível, assim como esperavam seus fãs. Fez um show engajado, como um bom poeta do rap, com letras que falam de racismo, violência policial e outras mazelas. O show faz parte da turnê Ainda há tempo, nome do álbum lançado em 2006 e considerado histórico quando se fala em rap brasileiro. Conta com 22 faixas, entre elas Voz e violão, Chuva Ácida e Até me emocionei.

Criolo posa com os produtores da Go Elephants - Crédito: Celo Silva/Divulgação

Criolo posa com os produtores da Go Elephants – Crédito: Celo Silva/Divulgação

Criolo é uma grande estrela, como bem mostrou em seu show no Recife, levando todos a cantarem junto com ele músicas como Subirusdoistiozin e No sapatinho. Dividiu o palco com Dan Dan e o DJ Marco, em uma típica apresentação de hip hop. A cenografia era um “detalhe” à parte. Mostrava uma paisagem móvel de tela de LED cuja ideia era mostrar trechos da vida do rapper.

 Crédito: Celo Silva/Divulgação

Crédito: Celo Silva/Divulgação

A banda Eddie abriu o show de Criolo e aqueceu o público com a pegada olindense de músicas como Pode me chamar e Quando a maré encher, além de sucessos do falecido artista Erasto Vasconcelos, com quem dividiram o palco diversas vezes. Assim como o paulistano, pediram o fim do machismo e convocaram: #somostodosmirella. Assim, a madrugada mostrou, mais uma vez, que a arte também conscientiza, provoca, polemiza, transforma.

Confira fotos de quem circulou pelo show na noite dessa sexta:

Arthur Pimentel e Bruna Calheiros

Arthur Pimentel e Bruna Calheiros –  Crédito: Celo Silva/Divulgação

João Machado e Cynthia Baba - Crédito: Celo Silva/Divulgação

João Machado e Cynthia Baba – Crédito: Celo Silva/Divulgação

 

 

Author: Thayse Boldrini

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