Conheça Iully Thaísa, eleita a Miss Pernambuco Be Emotion 2017

Para muita gente, o mundo dos concursos de beleza ainda se restringe apenas ao rosto e corpo bonitos. E que engano! Atualmente, para ser uma Miss é necessário ter personalidade, inteligência, conhecimentos gerais, uma boa bagagem cultural, oratória, passarela, carisma, desenvoltura… Uma lista interminável. E, claro, além de um bom preparamento físico e intelectual.

Crédito: Reprodução/ Instagram

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É uma tarefa árdua se comprometer a esse tipo de universo, mas quando se trata de sonho, o céu é o limite. Foi assim para Iully Thaísa, recifense filha de pai aposentado e mãe dona de casa, que sempre teve vontade de ser Miss. Na noite da última sexta-feira, ela foi eleita a Miss Pernambuco Be Emotion 2017, em Gravatá, quando concorreu com várias outras meninas lindas e conseguiu sair do evento com a disputada coroa, a faixa, e o título de mulher mais bonita do estado.

Crédito: Valmir Lira

Crédito: Valmir Lira

Iully começou a sua trajetória de modelo aos 15 anos. Mas só após participar, pela primeira vez, de um concurso de Miss, representando a capital do estado no Miss Pernambuco 2012, que a sua vida mudou. O concurso foi uma vitrine para a jovem de 22 anos, estudante de fisioterapia na Uninassau. A partir daí, Iully teve a oportunidade de trabalhar em países como Índia, Alemanha, África do Sul e Inglaterra. Este ano, resolveu tentar mais uma vez o título e venceu o Miss Pernambuco Be Emotion 2017 – mais uma prova de que não se deve desistir de algo quando realmente o almeja.

Crédito: Valmir Lira

Crédito: Valmir Lira

Em entrevista exclusiva ao Blog João Alberto, a embaixatriz da beleza pernambucana, que não pretende passar por intervenções cirúrgicas, contou sobre seu caminho para chegar até a desejada coroa e suas expectativas para o Miss Brasil, que será realizado dia 26 de agosto, em São Paulo.

Como surgiu a ideia de ser Miss?
Ser Miss foi algo que eu sempre tive vontade. Em 2012, participei do Miss Pernambuco, representando Recife, e fiquei em quinto lugar. Mas eu era muito nova, tinha acabado de fazer 18 anos e não estava pronta. Resolvi me preparar mais e voltei este ano.

Como foi a sua trajetória como modelo?
Eu comecei a modelar com 15 anos, mas era algo amador. Quando participei da primeira vez do Miss Pernambuco, as portas se abriram. Em 2012 e 2013, eu me preparei para conseguir trabalhar no exterior e comecei as viagens em 2014. Tive a oportunidade de ir para a Índia, Alemanha, África do Sul e Inglaterra. No fim de 2015, decidi voltar.

Como foram as suas experiências fora do Brasil?
Foram ótimas. Na Índia, passei seis meses e foi muito difícil. Eu ainda não falava inglês e a cultura é muito diferente. O papel da mulher lá é outro. Sem falar que era meio perigoso também. Já em termos de trabalho, foi bastante produtivo: fiz muitos comerciais e fotos. Nos outros países, eu passei menos tempo. Morei dois meses na Alemanha, e passei de três a quatro meses na África do Sul e na Inglaterra.

Como foi a sua preparação para o Miss Tamandaré e o Miss Pernambuco?
Na verdade, não houve concurso para o Miss Tamandaré. Eu fui chamada para representar a cidade. Depois disso, foram três meses de preparação. Precisei cuidar do meu corpo, da minha alimentação e da minha oratória.

O que você pretende representar sendo Miss Pernambuco?
Durante o Miss Pernambuco, todas as candidatas fizeram uma boa relação entre si, foi bom para todas as meninas. Eu quero mostrar que Miss não é só um corpo bonito e pode representar muita coisa na sociedade. Com esse título, espero conseguir ajudar muitas pessoas e fazer parte de ações sociais. Além de representar bem a mulher pernambucana.

Conta um pouco mais de você. Não como Miss, mas como pessoa. Quem é a Iully Thaísa?
Eu sou uma menina tímida. Com o tempo, fui me soltando, quando comecei a viajar e modelar. Aprendi muito. Sou muito família, amo estar com meus pais e meu irmão. Também sou católica praticante – inclusive, tenho que ir à igreja agradecer o que aconteceu. E sou muito caseira, apesar de gostar muito de estar com meus amigos.

Quais as suas expectativas para o Miss Brasil?
Agora eu quero focar muito no Miss Brasil, porque muita gente está apostando em mim. Não quero decepcionar todo mundo. Eu falo inglês, o que já é muito importante. E tenho que estar confiante, quero representar bem, quero fazer bem. Espero que dê tudo certo.

Como você acha que se destaca em relação às suas concorrentes?
Acredito que outras concorrentes também já modelaram no exterior, mas acho que tive muita experiencia lá fora. Também estudei muito nesses últimos cinco anos, desde 2012 até hoje, para me inteirar sobre o universo Miss e saber que estava preparada. Eu quero levar isso para o concurso.

O que você sentiu quando foi anunciada como a Miss Pernambuco?
O engraçado é que durante todo o confinamento eu estava tranquila. Mas no dia mesmo, meu Deus, eu comecei a ficar ansiosa, muito nervosa! Não imaginei de jeito nenhum que iria ganhar, mas já estava muito feliz de estar ali no TOP 2, segurando as mãos da Miss Olinda. Foi uma sensação que eu nunca vou esquecer.

Os tempos mudaram. Qual é o papel de uma Miss nos dias de hoje?
Quando os concursos de Miss surgiram, uma Miss tinha que ser apenas a beleza e mostrar isso para o povo. Agora, a gente já tem um papel na sociedade. Podemos usar o título de diversas formas, inclusive para mostrar que a mulher pode ser o que ela quiser.

Quais as maiores dificuldades de viver nesse mundo dos concursos de beleza?
Eu acho que até hoje existe preconceito com a mulher. É complicado isso. Ainda é algo forte, os homens estão sempre discriminando… Mas eu acredito que essa questão tem começado a mudar bastante.

Author: Júlia Molinari

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