José Robalinho Cavalcanti fala do Ministério Público

José Robalinho Cavalcanti/Divulgação

Em entrevista a Roseann Kennedy na TV Brasil, o pernambucano José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores de República, fez questão de destacar sua paixão pelo Náutico. Levou até um bonequinho do timbu. E não poupou elogios à Raquel Dodge, nova procuradora-geral da República.

        

Especialista em lavagem de dinheiro e professor de Direito Penal, José Robalinho Cavalcanti é presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Uma carreira que vem ganhado protagonismo em tempos de Lava Jato e combate à corrupção. Em meio às investigações que atingem a esfera política do país, Robalinho acredita que o Brasil está vivendo um momento de transição e dificuldades e, por isso, o Ministério Público está sendo ainda mais cobrado.

Diante da recente fala do presidente Michel Temer de que o Ministério Público teria características de um poder de Estado, ele analisa: “O MP não tem pretensão de ser poder da República, nunca teve. Os poderes são Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas a autonomia que o Ministério Público ganhou na Constituição de 88, as atribuições e as prerrogativas idênticas às do Judiciário, que são muito importantes para que o Ministério Público exerça o seu papel no Brasil, realmente tornam ele uma figura anômala no sentido de ter total autonomia em relação a todos os outros três poderes”.

Por fim, ele critica a lentidão dos processos penais no país e diz que os considera arcaicos e com excesso de recursos, fazendo com que o sistema se torne cada vez mais lento e menos eficiente. Cita como exemplo as investigações da Operação Lava Jato dizendo que os processos, em sua grande maioria, ainda estão na segunda instância. E refere-se à equipe de reportagem para elucidar o problema. “Nós podemos chegar daqui… vocês fazerem a mesma reportagem daqui a 10 anos e mesmo que a Lava Jato, na parte investigativa, já tenha terminado, e vocês fazerem uma constatação que é muito comum com operações anteriores que os processos não terminaram ainda”.

 

 

Author: João Alberto

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