Mario Testino e Bruce Weber são acusados de assédio sexual em artigo do New York Times
Por Eduarda Andrade
Mario Testino e Bruce Weber / Foto Divulgação
Nesse sábado, o jornal “The New York Times” publicou um artigo onde os modelos relatavam os abusos sofridos por Weber, em suas sessões fotográficas, e reuniu 13 testemunhos de top model’s e assistentes de Testino que desabafaram sobre os abusos vivenciados.
— Já o vi com as mãos nas calças de outras pessoas ao menos umas dez vezes — contou Thomas Hargreave, produtor que trabalhou com Testino por anos, até 2016.
Mario produziu diversas campanhas para marcas renomadas, como Michael Kors, Burberry e Dolce & Gabbana, além de fotografar famílias de várias celebridades, entre elas Madonna, Giselle Bundchen e Alessandra Ambrosio.
Em depoimentos, seus assistentes revelam que ele tinha o hábito de contratar jovens modelos e tentar seduzi-los. Entre as acusações, Hugo Tillman (seu ex-assistente), afirmou que o fotógrafo o deixava constrangido, pedindo para massageá-lo. Ele relata que em alguns dos encontros profissionais, Testino tentou beija-lo. Um outro ex-assistente, que preferiu não se identificar, afirmou que o fotógrafo se masturbou em cima dele.
Quanto a Bruce Weber, essa não é a primeira acusação por assédio. O modelo Jason Boyce, o denunciou por abuso e descriminação. Ele conta que durante uma sessão de fotos, ocorrida em dezembro de 2014, foi “submetido a uma série de práticas diferentes de tudo o que ele havia experimentado até então”. Segundo o processo, o fotógrafo teria retirado a cueca do modelo e o forçado a tocar em seu pênis.
No artigo publicado pelo jornal americano, as principais acusações são de que ele apalpava os modelos durante as sessões. — Lembro dele botando os dedos na minha boca e agarrando minhas partes íntimas. Nunca fizemos sexo nem nada, mas houve muito toque, molestação — afirmou o modelo Robyn Sinclair, com quem Weber trabalhou para a Ralph Lauren.
Mediante as denúncias, ambos negam ter realizado qualquer tipo de ação mencionada. Em nota, Weber afirmou estar completamente triste e chocado pelas acusações feitas contra ele. Enquanto a Lavely & Singer, firma de advocacia que representa Testino, questionou a credibilidade dos acusadores.
A repercussão do caso chegou até o grupo editorial Condé Naste, responsáveis pela “Vogue”, “GQ”, e “Vanity Fair”, que anunciou o fim das relações profissionais com os fotógrafos.
