“Tento apoiar ao máximo essas famílias, principalmente as mães das crianças que chegam no Lar do Nenén”, revela a diretora-presidente da ONG, Tuty Moury

“Tento apoiar ao máximo essas famílias, principalmente as mães das crianças que chegam no Lar do Nenén”, revela a diretora-presidente da ONG, Tuty Moury

Casada, com dois filhos e quatro netos, Tuty Moury Fernandes, 64 anos, é diretora-presidente da instituição Lar do Nenén. Há 16 anos, ela se dedica ao cargo que ocupa na ONG, ajudando a cuidar de mais de 200 crianças que passaram pelo local. Tuty é a guardiã provisória de crianças de até 3 anos de idade, que chegam ao abrigo por abandono familiar ou situação grave de risco. 

Tuty Moury Fernandes é quem está à frente do Lar do Nenén há 16 anos, atuando como diretora-presidente da ONG – Crédito: Gabriel Melo / Esp. DP

“Sempre gostei muito de ajudar as pessoas e isso me incentivou a começar o trabalho voluntário. Acho que as pessoas têm obrigação de ajudar, faço com o maior prazer”, disse Tuty. 

Tuty começou como voluntária no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Após um período, ela conheceu o Lar do Nenén, que atualmente conta com 14 crianças, podendo ter ocupação máxima de 20 crianças. O principal objetivo do espaço é tentar reinserir as crianças no núcleo familiar. “A intenção é que eles voltem para a própria família. Não obrigatoriamente para os pais. Pode ser uma prima ou avô. O importante é ela voltar para sua família”. E mesmo sabendo que as crianças passam pouco tempo no lar, Tuty sempre fica de coração apertado quando elas partem. 

Credito: Gabriel Melo / Esp. DP

As crianças ficam sob os cuidados da diretora e dos outros voluntários da ONG até que as suas situações judiciais sejam resolvidas. As famílias deles também são atendidas no espaço, onde aprendem a fazer trabalhos manuais, capazes de reintegrá-los no mercado de trabalho. “Tento apoiar ao máximo essas famílias, principalmente as mães das crianças que chegam aqui no Lar. Nos bazares que promovemos para manter a renda a instituição, além de artigos de artesãos, também colocamos os trabalhos feitos pelas famílias à venda, para realmente dar uma ajuda aos custos e mostrar para eles que esse trabalho é importante”.

Com uma filha que mora na Alemanha, Tuty faz um desabafo. “Amo muito minha família e a gente tenta driblar a distância nos vendo duas vezes ao ano. Transfiro para cá muito do amor que recebo dos meus familiares. Considero essas crianças meus filhos e filhas. Eu sou louca por elas”, conclui. 

Credito: Gabriel Melo / Esp. DP

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