“O Moda Center poderia se tornar um polo de sustentabilidade no Brasil”, disse Herchcovitch na abertura do EMP 2018

“O Moda Center poderia se tornar um polo de sustentabilidade no Brasil”, disse Herchcovitch na abertura do EMP 2018

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Allan Carneiro, síndico do Moda Center Santa Cruz, na noite de abertura do Estilo Moda Pernambuco – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Santa Cruz do Capibaribe: Mais de 50 mil pessoas são esperadas no Estilo Moda Pernambuco deste ano, entre clientes, empreendedores e convidados, em Santa Cruz do Capibaribe, com programação intensa até segunda-feira. A noite de abertura, realizada nessa quinta-feira, no Centro de Eventos do Moda Center Santa Cruz, foi em grande estilo, com palestra de Alexandre Herchcovitch, desfiles comerciais e shows de Vitor Kley, queridinho da temporada, e Sertão Regado. “Trabalhamos durante um ano para discutir esse projeto, baseado no tema Moda e Sustentabilidade, que se tornou muito especial. As marcas capricharam e hoje estamos reunindo clientes de todo o Brasil no evento. Nosso intuito é debater formas mais limpas de produzir e o futuro do polo enquanto gerador de empregos e renda”, disse Allan Carneiro, síndico do Moda Center Santa Cruz, ao dar as boas vindas ao público.

Desfile Pietà – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Desfile Joggofi – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Desfile Acqualara – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Arthur Sales desfilando para Joggofi – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Marcas pernambucanas que estão no Polo de Confecções de Pernambuco, como Joggofi, Acqualara, Rótulo do Corpo, Pietà, Scaven, Camboriú, John Cunningham, Laluka e Rota do Mar, desfilaram tendências, peças atemporais e muito estilo na passarela. Entre os modelos, o pernambucano Arthur Sales, que atuou nas novelas Deus salve o rei e Haja coração, e despontou na cena internacional de moda no final da década passada, tendo trabalhado para marcas como Armani, Versace, Dsquared2, Dolce & Gabbana e Tommy Hilfiger. Ele chamou atenção ao desfilar para Joggofi, John Cunningham e Rota do Mar.

O modelo pernambucano Arthur Sales roubou a cena na passarela – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Este último, inclusive, deu um show, literalmente. Com o tema Movidos pelo sol, a marca convidou ninguém menos que Vitor Kley, compositor do hit O Sol, para cantar durante o desfile. Surpreendeu os convidados, interagiu com os modelos e mostrou que também entende de moda e sustentabilidade. Na fila A, as blogueiras pernambucanas Milka Elys, Evellyne Maia, Raphaella Torres e Karla Santos registravam tudo nas redes sociais, pontuando tendências que saem direto do Polo de Confecções, para o guarda-roupa dos mais antenados.

Milka Elys e Evellyne Maia registrando os desfiles nas redes sociais – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Raphaella Torres e Karla Santos na fila A dos desfiles – Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

O encerramento ficou por conta da dupla Sertão Regado e do cantor Vitor Kley, no palco armado na praça de alimentação. Por lá, os convidados têm várias opções, como BC das Tapiocas, Carnívoros Hamburgueria, Arretado de Bom (brownie), Zaru Temakeria, Planet Donut, Teike Bar e Baribe Coxinhas. Durante o evento, que acontece até a próxima segunda-feira, palestras, desfiles e capacitações vão envolver a cadeia produtiva local.

Novos comportamentos de produção e consumo de moda por Alexandre Herchcovitch

Crédito: Estilo Moda Pernambuco/Divulgação

Antes de debater sobre moda e sustentabilidade – algo que faz com maestria – o estilista Alexandre Herchcovitch relembrou a infância e como ingressou no mundo da moda. “Desde criança, eu gostava de acompanhar a construção da roupa com a minha mãe. Aos 12 anos, já comecei a me interessar por moda. Mesmo criança, já sabia o que eu queria fazer. Comecei a fazer roupas para mim, para ela e depois amigos mais próximos queriam comprar essas peças”, contou. Durante o bate-papo, mediado pelo professor de moda do Senac Pernambuco, Luiz Clério, explicou o processo de venda da marca que leva seu nome, a Herchcovitch, e o processo de desenvolvimento da À La Garçonne, baseada no conceito de reuso de tecidos que dão origem a novas peças. “O cliente hoje quer saber o que está botando no corpo. Ele já está mais antenado sobre as marcas que utilizam trabalho escravo. Não tem volta. Hoje meu trabalho é focado no reuso. Quando vou comprar um tecido, eu opto por tecidos que estão estocados. Depois de tanto tempo na vida, comprando o que eu quisesse, onde eu quisesse, hoje eu tenho mais trabalho para comprar esse tipo de tecido para fazer moda sustentável, que acaba se tornando mais cara. Mas estou muito mais realizado”, explicou Herchcovitch. 

 

Novos comportamentos de produção e consumo de moda é o tema da palestra de Alexandre Herchcovitch na abertura do Estilo Moda Pernambuco, em Santa Cruz do Capibaribe. Ele fala sobre a conexão indústria-mercado-influenciadores digitais, soluções criativas, crise que afetou a moda, sustentabilidade, entre outros pontos. “A moda sustentável sempre existiu. Acho que este polo poderia se tornar um Polo de sustentabilidade no Brasil – que ainda não existe – e usando a própria história. As pessoas estão querendo consumir moda mais sustentável, mas elas não sabem onde consumir, e esse produto pode sair daqui. O cliente hoje quer saber o que está botando no corpo. Não tem volta. Hoje meu trabalho é focado no reuso. Quando vou comprar um tecido, eu opto por tecidos que estão estocados”, disse Herchcovitch. #emp2018 #coberturaJA

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Atento aos desfiles comerciais, o estilista comentou sobre a importância do Estilo Moda Pernambuco como uma grande vitrine para a moda sustentável. “É um momento onde as marcas tem a oportunidade de mostrar um trabalho de longo tempo, e não só o trabalho da coleção, mas da vida inteira. Acho que tem que haver mesmo uma mistura de pensamentos, pessoas que estão começando, longa carreira e marcas grandes. É assim que constrói a imagem de moda que o centro comercial quer passar”, disse. “Esse Polo não é invisível, tem importância e começa a reverberar em mercado nacional. Acho que este polo poderia se tornar um Polo de sustentabilidade no Brasil – que ainda não existe – e usando a própria história. As pessoas estão querendo consumir moda mais sustentável, mas elas não sabem onde consumir, e esse produto pode sair daqui”, completou. 

Author: Thayse Boldrini

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