O colorido e expressões da exposição de Joana Lira no Cais do Sertão

O colorido e expressões da exposição de Joana Lira no Cais do Sertão

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

Com o começo do ano vem junto a ansiedade que antecede o período carnavalesco. Maracatu, purpurina e sorrisos contagiam a cidade do Recife bem antes de a semana de momo tomar início. Nesse contexto, nada melhor do que uma viagem ao tempo para reviver carnavais antigos que por hora se perderam na memória. Essa é a proposta da exposição Quando a Vida é Uma Euforia, da artista pernambucana Joana Lira, inaugurada nessa terça-feira no Cais do Sertão. A mostra que tem curadoria de Mamé Shimabukuro reúne uma década de obras de intervenção urbana criadas pela artista para o carnaval do Recife. 

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

A noite de vernissage não poderia ser menos que uma euforia. Os convidados que começaram a chegar por volta das 19h dessa terça-feira e tiveram a oportunidade de vivenciar um carnaval logo de cara. A área externa do espaço cultural já se encontrava em ritmo de festa, com algumas peças gráficas que compõem a exposição. Ao caminhar para o segundo andar do prédio, onde se encontra a mostra, já é possível sentir a energia carnavalesca, que continua pelos corredores e faz caminho até a sala principal.  

A mostra, além de obras produzidas pela artista, conta com recursos audiovisuais e peças interativas. Imersiva. Talvez a melhor palavra para descrever ‘Quando a Vida é Uma Euforia’ – que, por sinal, teve São Paulo como primeira cidade a receber a exposição, no Instituto Tohmie Otake. De acordo com Joana Lira, a recepção paulistana foi surpreendente. “Lá tivemos um retorno muito surpreendente. O paulista não conhece esse carnaval, né? São Paulo não tem cultura carnavalesca. Vimos uma reação encantadora. Tivemos uma inauguração com a presença de 600 convidados, uma visitação que ultrapassou 20 mil pessoas. Pra nós foi realmente uma grande surpresa”.

“A maior dificuldade de trazer a mostra para o Recife era achar uma maneira de como emocionar um público que já é dessa cultura, já conhece esse trabalho… Como que vamos trazer essa imersão que a exposição proporciona para o público recifense?”, pontuou. Mas segue confiante de que conseguirá tocar o coração dos recifenses. “Hoje estamos tendo um retorno. Mas acho que só ao longo do tempo que eu vou realmente entender mesmo se conseguimos emocionar o público.”, completa. 

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

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O evento contou com a presença de figuras importantes da cidade. O presidente do Diario de Pernambuco, Alexandre Rands, o secretário de turismo Rodrigo Novaes, o presidente da Empetur, Adailton Filho, o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, Bruno Shwambach, novo secretário de Desenvolvimento Econômico, e Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco, entre tantos outros. Joana Lira, acompanhada de seu pai, Carlos Augusto Lira, recebeu e cumprimentou todos os convidados com muito carinho. 

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

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Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

Quem circulou pelo evento degustou chopp da cervejaria pernambucana Ekaut, além dos deliciosos petiscos do Seu Boteco. E ninguém esqueceu do carnaval. Uma roda de afoxé e maracatu contagiou os convidados. Joana, que foi homenageada durante esse momento, também caiu na dança. 

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

Ao chegar na sua cidade natal, a artista reformulou o formato da exposição e criou peças inéditas para o público pernambucano. “Pouca coisa de São Paulo veio pra cá. Muita coisa foi construída especialmente para o local.  Fiz uma seleção e, a partir disso, refiz o trabalho em forma de peças, projeções, animações. Vários formatos diferentes em especial para esse exposição.”, conta Joana. 

Crédito: Josivan Rodrigues/Divulgação

Quando a Vida é Uma Euforia é uma exposição esplêndida e de uma energia singular. Polida em todos os aspectos, as obras da mostra emocionam mesmo àqueles que já tiveram a oportunidade de viver o carnaval na maneira mais íntima. Seja ao contemplar sentimentos de nostalgia ou descoberta, a exposição garante cativar a admiração de todos, independente de seu contexto.  O projeto que tem produção de Carla Valença, da Relicário, fica em exibição até o dia 17 de março na Sala São Francisco e o Espaço Umbuzeiro no Cais do Sertão. O horário de visita entre terça e sexta é das 9h às 17h e sábado e domingo das 13h às 17h. 

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