Joaquim Falcão & Gilberto Freyre
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O grande ensaísta Gilberto Freyre era mesmo cheio de paradoxos. Tinha posições de direita —a ponto de apoiar o golpe de 1964 —, mas foi também extremamente arrojado ao, ainda nos anos 1980, defender a maconha e os LGBTs. Foi o que demonstrou Joaquim Falcão, , numa palestra sobre o autor de “Casa Grande & Senzala”, na ABL. Durante o ciclo “Cadeira 41” (a Academia só tem 40 vagas), sobre os grandes escritores que não integraram a ABL, Falcão simulou uma… entrevista com Freyre. As “respostas”, na verdade, eram trechos em áudio de entrevistas antigas do grande brasileiro.
Freyre disse, por exemplo, que o brasileiro é “antropologicamente machista” e defendeu os direitos da população LGBT: “O homossexual tem todo o direito de ser reconhecido na sua opção pela forma dele de amor”. Por fim, “respondeu” sobre a maconha. —Eu acho que a maconha é inocente. A maconha, comparada a cocaína, morfina, não é nada. Está provado isso. A maconha podia ser perfeitamente permitida sem causar inconvenientes grandes.
