Em carta aberta, pernambucana Julia Konrad relata estupro conjugal

Julia Konrad

Com o objetivo de ajudar mulheres que vivem situações semelhantes, a atriz resolveu abrir o coração e falar sobre as experiências traumáticas que viveu. Julia Konrad escreveu uma carta aberta, que foi publicada pela Revista Claudia, relatando as lembranças de uma relação abusiva e das violências psicológicas, verbais e sexuais. “Me reconhecer como vítima de violência doméstica não foi um processo fácil. Anos atrás, vivi um relacionamento abusivo onde fui vítima de violência psicológica, verbal e sexual. A elaboração desse tipo de trauma muitas vezes leva anos, e comigo não foi diferente”, iniciou.

A pernambucana aproveitou para reforçar a importância de poder contar com o apoio de outras pessoas. “Antes de mais nada, quero deixar aqui minha imensa gratidão a todos que fazem parte desse caminho comigo, me acolhendo, amparando, fortalecendo”, disse. Julia continuou contando que pela primeira vez teve a coragem de falar sobre o assunto publicamente. “Hoje, pela primeira vez, trago a público detalhes da minha experiência com um tipo de violência contra a mulher que não é entendida, e muito menos falada abertamente: o estupro conjugal. Em uma carta aberta publicada pela @claudiaonline, conto como uma violação sexual pode se dar de forma insidiosa dentro de um relacionamento, até onde entendemos o conceito de consentimento, e como vítimas são incapazes de identificar as violações sofridas”, pontuou.

O relato emocionante escrito por Konrad, foi a forma encontrada por ela de abrir os olhos de outras vítimas e ressaltar que em tempos de isolamento social, o número de casos pode crescer. “Quero deixar claro desde já que meu único objetivo é alertar mulheres para situações abusivas que possam estar vivendo neste momento. Durante o isolamento social, temos visto um aumento alarmante no número de casos de violência doméstica, mas ainda existe uma imensa subnotificação. espero que meu relato possa ajudar mulheres a identificar violências sofridas”, reforçou.

Confira:

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me reconhecer como vítima de violência doméstica não foi um processo fácil. anos atrás, vivi um relacionamento abusivo onde fui vítima de violência psicológica, verbal e sexual. a elaboração desse tipo de trauma muitas vezes leva anos, e comigo não foi diferente. e antes de mais nada, quero deixar aqui minha imensa gratidão a todos que fazem parte desse caminho comigo, me acolhendo, amparando, fortalecendo. vocês sabem quem são <3 hoje, pela primeira vez, trago a público detalhes da minha experiência com um tipo de violência contra a mulher que não é entendida, e muito menos falada abertamente: o estupro conjugal. em uma carta aberta publicada pela @claudiaonline, conto como uma violação sexual pode se dar de forma insidiosa dentro de um relacionamento, até onde entendemos o conceito de consentimento, e como vítimas são incapazes de identificar as violações sofridas. quero deixar claro desde já que meu único objetivo é alertar mulheres para situações abusivas que possam estar vivendo neste momento. durante o isolamento social, temos visto um aumento alarmante no número de casos de violência doméstica, mas ainda existe uma imensa subnotificação. espero que meu relato possa ajudar mulheres a identificar violências sofridas, e que dessa forma consigam buscar ajuda psicológica e legal. a todas que precisam de amparo, o @mapadoacolhimento é fundamental como ponto de partida. obrigada guta pelo espaço, e principalmente, pelo cuidado imenso comigo. deixo o link para a carta na bio. se você, como mulher, se reconhecer no meu relato, saiba que não está sozinha. jamais <3

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Author: Marcela Nunes

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