Empreendedorismo: jovens pernambucanos apostam no mercado de mídia e entretenimento
Foi acompanhando de perto o crescimento do mercado global da mídia e do entretenimento, que os jovens Gledson Nunes e João Mamede, ambos com 21 anos, optaram por investir no seguimento. Os pernambucanos atrelaram os conhecimentos dentro das mídias digitais e a vontade de empreender para fundar uma empresa digital, a Mamedes Brasil. A novidade, que surgiu mesmo em tempos de pandemia, visa montar estratégias e gerir carreiras artísticas voltada para a música nacional.
O empreendedorismo jovem é um ramo que cresce diariamente. Cada vez mais as pessoas passam a entender a necessidade e importância de começar desde cedo a investir em suas carreiras profissionais. Juntar hobbies com trabalho é um grande destaque desse setor, já que muitos começam a investir em suas áreas de afinidade. Para Gledson e João não foi diferente, além de buscarem se informar sobre o mercado – para evitar prejuízos – eles também levaram em consideração as afinidades que possuem com as redes sociais e o meio artístico.
Em pouco tempo eles conseguiram idealizar toda a empresa e escalaram um time de peso para garantir aos clientes um trabalho de qualidade. Para isso, a dupla conta com uma equipe de especialistas no setor artístico digital, além de profissionais com larga vivência no show business e reconhecidos pela classe artística e por executivos da indústria de entretenimento. Negociações com empresas que se destacam na indústria da internet como Spotify, Deezer e o TikTok completam o leque de recursos oferecidos pela Mamedes.
>> A mídia e o mercado
Apesar dos obstáculos que atingiram o setor artístico com a chegada da pandemia do novo coronavírus, o mercado global de mídia e entretenimento deve continuar crescendo em uma média anual de 4,2% nos próximos cinco anos. Em 2021, segundo aponta uma pesquisa da 18ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2017-2021, da PwC, esse meio deve movimentar cerca de US$ 2,23 trilhões, levando em consideração os números de 54 países, cerca de 80% da população mundial. No Brasil, o faturamento do setor de mídia e entretenimento deve chegar a US$ 43,7 bilhões no mesmo ano.
As analises desses dados foram fundamentais para que os empresários Gledson Nunes e João Mamede resolvessem de fato investir no meio. Entre os objetivos da dupla está conseguir dar uma maior visibilidade para o grande número de artistas que utilizam da internet e das redes sociais para expor seus trabalhos. Se enquadrando nesses fatores, o também pernambucano Lucas Mamede, que popularizou com covers que somam mais de 5 milhões de views na internet, é a primeira aposta da empresa. Dono de uma voz marcante e com forte influência no pop, ele vem conquistando uma legião de seguidores fiéis.
>> Bate-papo: entenda a ideia e os objetivos da empresa
*Respostas dos sócios Gledson Nunes e João Mamede
Como surgiu a ideia de fundar a empresa?
Foi a partir do estudo e conhecimento acerca do mercado de entretenimento musical nacional e mundial.
Qual o principal foco da empresa?
A Mamedes Brasil é uma empresa focada em estratégia e gestão de carreiras artísticas, dando ênfase no mercado brasileiro.
Foi um desafio começar em meio a uma pandemia? As mudanças nas produções de eventos prejudicou vocês de alguma forma?
É sempre desafiador começar um negócio, mas também é prazeroso. E apesar da crise dos últimos tempos, o mercado de artes brasileiro mantém-se em franca expansão. Por isso decidimos da continuidade a esse plano, de abrir a nossa empresa. Com o crescimento do mercado no período da pandemia, decidimos lançar a nossa marca e também o nosso primeiro artista, o cantor Lucas Mamede que soma milhões de views nas redes sociais.
A quantidade de artistas que utiliza a internet para difundir seus trabalhos só cresce, porque vocês decidiram investir nesse meio?
Antes de começar, é preciso entender por que é tão importante usar as redes sociais hoje em dia, ainda mais se você é uma marca. Pesquisas apontam que mais de 1 bilhão de pessoas do mundo utiliza as redes sociais e o povo brasileiro é um dos que mais acessam, gastando 650 horas por mês nisso. Segundo um estudo da Social Media Trends, as empresas afirmam que os principais benefícios das redes sociais são: divulgar a marca (77,4%), engajar a audiência (63,2%), aumentar tráfego no blog/site (50,3%), ampliar as vendas e o número de clientes (48,5%). Ou seja: não dá para deixá-las de fora das suas estratégias de divulgação.
Porque investir nos artistas nacionais?
Pela diversidade cultural do nosso país, sendo rico na quantidade e qualidade de tantos artistas que precisam ser explorados e conhecidos.
Quais os planos para o futuro?
Expandir a nossa marca e sair do âmbito nacional para chegar ao mercado internacional.
Que dica vocês deixam para pessoas que tem talento mas ainda não sabem como se destacar no setor?
Conhecimento, humildade, criatividade e investimento são pilares essenciais.
