O problemático mercado de aviões

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O presidente executivo da Boeing, David Calhoun, revelou que a companhia pretende reduzir mais sua produção e o número de funcionários, e que o mercado de aviação não se recuperará dos problemas causados pela covid-19 antes de três anos. A companhia sediada em Chicago vai “avaliar melhor” o tamanho de sua força de trabalho. Ela anunciou há três meses que pretendia reduzir o número de funcionários, de 160.000, em 10%. Até agora ela eliminou 12.000 empregos via demissões e pacotes de demissões voluntárias.

“A verdade é que o impacto da pandemia sobre o setor da aviação continua grave”, disse ele em um memorando aos funcionários. “Embora alguns aviões estejam retornando lentamente a operar, seus números continuam bem menores que os de 2019, o que reduziu as receitas das companhias aéreas.”

Com a pressão sobre os clientes comerciais da Boeing, estes estão adiando as compras de aeronaves, tentando retardar as entregas, adiando as manutenções optativas, tirando de circulação aviões mais velhos e reduzindo os investimentos. “Tudo isso afeta nossos negócios e, no final das contas, nossos resultados finais”, disse Calhoun.

A Boeing antecipou uma produção mais lenta do Max, que está fora de atividade há 17 meses, depois de dois acidentes fatais. Agora, ela será ainda mais lenta. Em vez de produzir 31 aviões por mês até o fim de 2021, a companhia agora afirma que só vai atingir essa taxa em 2022.

Author: João Alberto

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