Dezembro Laranja: importância dos cuidados com a pele

No mês dedicado a prevenção ao câncer de pele, dermatologistas chamam atenção para a exposição exagerada ao sol. Que os cuidados com a pele devem começar na infância não é segredo para ninguém. O uso de protetor solar ao longo da vida pode evitar o contato desprotegido com os raios UV e episódios de queimadura solar, considerados os principais fatores de risco ao câncer de pele. As dermatologistas Cláudia Magalhães e Renata Furtado reforçam que qualquer pessoa pode contrair a doença, mas alguns grupos apresentam uma maior predisposição, como pessoas com pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados.

O cuidado deve ser redobrado para esses grupos. “Essas pessoas precisam de um cuidado a mais com a pele e de avaliação frequente de um médico dermatologista”, reforça Cláudia. Além disso, a profissional também reforça a importância de começar os cuidados com a pele na infância. “É importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água”, completa a profissional.

Também apoiando a campanha, encabeçada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a dermatologista Renata Furtado alerta para os ferimentos e manchas que não cicatrizam. “A fotoexposição, acumulada ao longo dos anos, pode gerar lesões e até mesmo modificar aquelas que já existiam previamente na pele”, explica a médica, fazendo o alerta importância de sempre usar o protetor solar e evitar a exposição direta aos raios solares entre 10h e 16h. A pele é o maior órgão do corpo humano e o câncer de pele é considerado o mais comum no país, representando 33% dos casos no Brasil. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A médica também chama atenção para indícios de câncer de pele, elencando alguns dos principais sintomas visíveis. “Qualquer ferida que não cicatriza, que sangra ou manchas escuras que aumentam de tamanho deve ser um alerta”, diz a dermatologista. “As pessoas que fazem parte dos grupos de risco devem estar em alerta e realizar com frequência o autoexame”, completa.

Claúdia Magalhães e Renata Furtado – Créditos: Divulgação

>> Tipos de câncer

O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo e com o maior índice de mortalidade, ainda que não seja o mais frequente entre os cânceres de pele. Ele possui um forte componente genético, mas a exposição solar excessiva sem cuidados impacta no aparecimento da doença.

Apesar de menos grave, o tipo de câncer de pele mais comum é o carcinoma basocelular – 95% dos casos. O basocelular geralmente surge como uma mancha rosa na pele que cresce lentamente, sendo mais comum em pessoas de pele clara, depois dos 40 anos.

Já o carcinoma espinocelular, o segundo tipo mais comum do câncer de pele, surge mais comumente em homens, embora também possa se desenvolver em mulheres de qualquer idade.

Author: Marcela Nunes

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