Comunicação: Ana Holanda fala sobre a humanização nas empresas por meio da escrita afetiva

Comunicação: Ana Holanda fala sobre a humanização nas empresas por meio da escrita afetiva

Em tempos de excesso de automatização, o contato entre a empresa e o cliente vem se tornando cada vez mais distante, superficial e genérico. Ao mesmo tempo que os pequenos empreendimentos buscam se adaptar a essa realidade, os mais antigos vem percebendo a necessidade de humanizar este contato e tornar a relação horizontal, ou seja, não apenas transmitindo o conteúdo, mas compartilhando e realizando uma verdadeira troca.

Para falar mais sobre o assunto, a equipe João Alberto conta com a escritora e jornalista Ana Holanda, especialista em humanizar empresas por meio da comunicação afetiva. Para ela, quando escrevemos, é preciso ter em mente que quem está na outra ponta não são apenas colaboradores, clientes, pacientes ou consumidores. São humanos que pensam, sentem e tem sonhos. A linguagem empresarial, a fim de buscar bons resultados, precisa ser direta e entendível para o consumidor. Na entrevista, a jornalista ainda falou sobre a importância da comunicação para que não se perca o contato com o público-alvo, engajamento e, consequentemente, o próprio cliente com seu poder de consumo.

Iniciando pelo ponto de vista pessoal, Ana detalhou como iniciou na área e o processo das empresas perceberem que a comunicação poderia afetar o rendimento. Segundo ela, os cursos de escrita afetuosa – ministrados há cerca de 7 anos – nasceram de um desejo de entender quais elementos um texto carregava para ser conversa com o outro. A escritora ainda destacou que a intenção inicial não tinha a ver com a área corporativa.

Escrita afetuosa é sobre conversar, encontrar, produzir um conteúdo que seja ponte e que te leve até o outro. No início, acreditei que isso só interessaria aqueles que trabalham com comunicação. Mas, aos poucos, foram aparecendo pessoas de formação muito variadas. Há cerca de cinco anos, as empresas começaram a me procurar de uma forma muito orgânica. Muitas vezes por indicação de alguém que havia feito meu curso e se encantado com o conteúdo. Não foi algo que fui atrás e que elaborei pensando no ambiente corporativo. Muito pelo contrário. Não achava que esse tipo de olhar poderia interessar a um ambiente tão cheio de rigidez quanto as empresas. Aos poucos fui percebendo uma preocupação das empresas em humanizar a comunicação. É como se percebessem que a forma como é feita hoje não está conversando, de fato, com ninguém” disse.

Sobre os resultados, ela deixa claro que o retorno no quesito aumento de visibilidade e engajamento das empresas é algo que de fato acontece. Isso porque, segundo a jornalista, ”as pessoas, independente do tamanho do negócio, querem sentir que são vistas, que estão ali, que não são só um consumidor, mas uma pessoa. Isso faz muita diferença. E dessa forma o tal do engajamento acontece a partir de uma relação entre pessoas e não entre números, teorias, e iscas para atrair o outro”. Ana já realizou trabalhos para grandes negócios e pequenos empreendedores, passando pela área da saúde até o telemarketing. O seu atendimento é personalizado dependendo da necessidade do cliente.

Já atuei com atendimento de telemarketing, para quebrar a linguagem robótica e programada. E com pequenos empreendedores para mostrar a importância de eles contarem as próprias histórias, de desenvolverem com o outro uma relação e não transformarem sua comunicação apenas num balcão de vendas” concluiu a escritora, que também cria conteúdo sobre o assunto no Instagram @anaholandaoficial, onde também dá dicas de como começar o processo da escrita afetiva e humanizada.

Author: Lara Calábria

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