E foi assim o Quanta Ladeira…
Nos domingos de carnaval do Recife Antigo, os foliões se deparam com um bloco anárquico, despreocupado com impressões alheias, marcado pelas paródias com alfinetadas e feito exclusivamente para alegrar os organizadores, convidados e público. É o Quanta Ladeira, que faz parte da festa pernambucana há 15 anos e já conta com notoriedade nacional.
A criação se deu durante um encontro de amigos, entre eles, Lula Queiroga e Lenine, na casa de Zé da Flauta, onde Moraes Moreira era o alvo de brincadeiras sobre a Bahia. Até que o compositor sugeriu a fundação de um bloco para reunir todas as brincadeiras. Palpite acatado. E os músicos colocaram o bloco na rua, percorrendo (ou, ao menos, tentando) as ladeiras de Olinda com paródias em formato de crônica de assuntos atuais.
Há alguns anos, o Quanta Ladeira acontece aos domingos do Carnaval do Recife, no festival Rec-Beat, no Cais da Alfândega. Os fundadores recebem convidados, incluindo artistas nacionais e locais. Já passaram pela festa Caetano Veloso, Pitty, Vanessa da Mata, Fafá de Belém, entre outros. E todos se rendem à brincadeira. A prévia deixou de existir. Motivo? Os organizadores são contra a “comercialização” da alegria. No vídeo abaixo, Lula Queiroga, um dos fundadores, fala sobre a trajetória do bloco:
Imagens: Fernanda Guerra e arquivo do Diario de Pernambuco / Edição: Tatiana Sotero
