O saldo da primeira noite de Marco Zero
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Nos bastidores a expectativa girava em torno do grande homenageado da noite, o cantor Alceu Valença, que só chegou ao Marco por volta das 22h30, acompanhado da esposa, Yanê Valença. No camarim, Alceu recebeu os repórteres e declarou em primeira mão a vinda do festival de jazz Montreux a Pernambuco, dizendo-se muito satisfeito com a homenagem que, mais tarde, ele assistiu no meio do público, pertinho do palco.
É preciso que se diga que foi o Maestro Forró o principal responsável por segurar a onda em quase duas horas de palco, sendo apoiado por ritmos que iam do frevo ao kuduro com a presença de Naná Vasconcelos ao seu lado. Somente às 23h teve início o grande tributo que contou com Lirinha, Lenine, Pitty, Otto, Karina Buhr e Ney Matogrosso. Cada artista executava duas ou três músicas – com arranjos e batidas remixadas – de Alceu, deixando a cena para o próximo, que seguia a sequência. Enquanto isso, Alceu acompanhava tudo cantarolando suas composições de longe do microfone.
Para quem gritava há horas pedindo por Pitty ou Lenine, o tributo foi breve demais. O relógio marcava 1h quando o show já havia sido encerrado pelas mãos do próprio Alceu, que tocou Coração Bobo ao lado de Otto e em seguida assumiu o comando para tocar La Belle Du Jour e Girassol. Aplaudidíssimo pela plateia, Alceu ainda recebeu de volta no palco os artistas que o homenagearam. Karina Buhr chegou até a se jogar aos seus pés e reverenciá-lo. Confira um trechinho no player:
Uma vez declarada encerrada a noite, os foliões se dispersaram. Alguns seguiram para a praça do Arsanl em busca de mais algum passatempo carnavalesco, enquanto a maioria dava início à jornada em busca de táxis. Estes, por mais um ano, eram coisa rara e disputada. Talvez por ser véspera do Galo da Madrugada, a sexta serviu mesmo como um esquente – assim meio molhado mesmo – para o povo mostrar que até nas condições de tempo mais adversas, recifense que se preze sabe brincar carnaval.
E daqui a pouco tem mais!