A representante feminina das eleições
Filhos,
A caminhada na militância começou aos 20 anos, quando era estudante. Logo de cara, teve que enfrentar dois tipos de preconceito: racial e de gênero. “A eleição da presidente Dilma Rousseff diminuiu o machismo na política. Mas é fato que ele ainda existe e está enraizado na sociedade. No meu caso, sou mulher e negra, duas resistências na luta contra o preconceito”, conta Edna. A prefeiturável do PPL é divorciada e mãe de dois filhos. O mais velho tem 34 anos e o mais novo, 32. “Eles me apoiam e dão a maior força. Como trabalham, fica difícil acompanhar a minha agenda completa. Mas em dias de folga, sempre estão presentes”, conta.
Se tem algo que a presidente regional do partido procura preservar, é a família. Por isso, não mede esforços para poupar a exposição dos entes. Por trás da trajetória política, também foi professora de ensino médio, função escanteada temporariamente ao optar pela disputa eleitoral. Além disso, ela chegou a cursar veterinária, mas não concluiu a graduação. “Tempo livre é difícil. Mas gosto de ir ao cinema e juntar os amigos, jogar conversa fora e, se possível, assistir a algum show”, comenta sobre o que costuma fazer nos momentos de folga.
Em relação a esportes, Edna revela que gosta de todos os tipos. Mas a torcida é generalizada. “Torço para todos os times de Pernambuco”, garante. A candidata não nega as raízes nordestinas. Nota-se na preferência musical. A exceção de Chico Buarque, os artistas preferidos são Luiz Gonzaga, Petrúcio Amorim e Maciel Melo. Além de baião e forró, ela também deixa o blues e o jazz penetrarem nos ouvidos. A voz feminina dos candidatos a prefeito do Recife é uma devoradora de livros. Nem titubeia ao ser questionada sobre o escritor favorito. “Gosto de toda a obra de Machado de Assis”, revela. Atualmente, está debruçada em O Diário de Getúlio Vargas.
A candidata também tem um lado cinéfila. A preferência é por clássicos da sétima arte. O longa-metragem Os companheiros (1963), de Mario Monicelli, está no topo da lista dos favoritos. Edna cita até a interpretação do ator Marcelo Mastroianni como o professor Sinigaglia, no roteiro que tinha como pano de fundo a evolução industrial e a exploração do trabalho operário. Além dele, Um homem e uma mulher (1966), de Claude Lelouch, e Queimada (1969), de Gillo Pontecorvo, também fazem parte da seleção.