O atleta e "vovô coruja" Humberto Costa
Longe dos palanques e da dupla jornada entre o Recife e Brasília, o senador e candidato à Prefeitura do Recife pelo PT, Humberto Sérgio Costa Lima, é médico psiquiatra, cientista político, professor universitário e jornalista. Nas horas vagas, atleta e “vovô coruja”.
A família se divide entre as duas capitais citadas acima. Pai de Manuela, 29 anos; João Henrique, 26; Julio, 23 anos, e avô de Beatriz, 4 anos e Alice, 3 anos, Humberto costuma curtir os parentes nos fins de semana. O almoço de domingo, por exemplo, não pode passar em branco. Toda segunda-feira, o prefeiturável viaja a Brasília, mas na quinta-feira retorna à capital pernambucana. Apegado à rotina, ele acorda às 5h, calça o tênis e sai para sua corrida diária, na Avenida Boa Viagem, com percurso de 10km realizados em apenas uma hora. Sim, ele é um atleta e figura sempre nas principais corridas organizadas na cidade. “Participo de um grupo de corrida no Recife chamado AQC, mas com o ritmo pesado de campanha, tenho levado falta”, conta Humberto.
Iniciou sua atividade política cedo, no movimento estudantil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1975, quando ainda cursava medicina. Em 1980, participou da fundação do PT no estado e de lá para cá já foi deputado estadual (sendo o mais votado no Recife e o segundo no estado, com um total de 29.145 votos), deputado feferal, vereador do Recife, secretário municipal de Saúde, Ministro da Saúde, secretário estadual de cidades, vice-líder do PT e vice-presidente nacional do PT.
O acúmulo de cargos na política fez com que a família se acostumasse com a rotina puxada e a frequente exposição pública. “Meus filhos cresceram acompanhando todos os meus afazeres e muitas vezes a falta de tempo, principalmente em período de campanha. O único ponto ruim da política é lidar com a falta de privacidade”, pontua Humberto. A neta Beatriz já anda roubando a cena ao lado do “vovô coruja” em algumas aparições e, segundo Humberto, já leva jeito para a política. “Ela acompanha, bate palma, grita e até pede voto no colégio”, conta Humberto aos sorrisos. Ele é um pouco reservado, bastante querido entre os amigos, mas quando o assunto é futebol, é daqueles que solta a voz para torcer e gritar pelo Náutico.
“Dois pra lá, dois pra cá”. A música de João Bosco é a favorita do prefeiturável. Ele diz que gosta de dançar, não tem “frescura” com ritmo e se considera eclético. No cinema também. Tem um apreço imenso pela sétima arte e gosta de todos os gêneros. No quesito comida, é “bom de garfo”, apesar de ser diabético e seguir uma dieta controlada. Em sua cabeceira, está o livro Na natureza selvagem, de Jon Krakauer, baseado numa história real sobre um homem que abandonou tudo e fez uma jornada de dois anos até o Alasca, onde morre de fome. Apesar do seu dia começar cedo para a correria diária, em ambos os sentidos, Humberto Costa deita a cabeça no travesseiro todos os dias à meia-noite.
Leia outras notícias deste série clicando aqui