Quanta Ladeira anima o Cais da Alfândega

 

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Como acontece há 18 anos, o palco do Rec Beat recebeu mais uma edição do bloco Quanta Ladeira neste domingo de Carnaval. Não faltou animação e piadas sarcásticas nas letras entoadas pelos artistas que participaram da festa.  No time de vozes masculinas, Lula Queiroga, China, Tibério Azul, Zé da Flauta, Luciano Queiroga, Marcelo Jenecy, Hugo Esteves, Chico César, Zeca Balero, entre outros. As cantoras Fafá de Belém, Gaby Amarantos, Nena e Ylana Queiroga e Bruna Caram também animaram o público que lotou o Cais da Alfândega, no Recife Antigo.

A festa iniciou por volta das 17h, quando o sol ainda iluminava o Rio Capibaribe. Já na abertura da festa, o grupo de artistas mostrou a munição pesada com uma versão de “Sociedade Alternativa”, de Raul Seixas, que virou “Sociedade Padrão Fifa”. A letra faz uma crítica aos critérios definidos pela Fifa para as cidades que serão sede dos jogos da Copa do Mundo 2014. “No Brasil só tem mané / Vem os gringos e fazem o que quer / Enquanto isso a população sofre no hospital / E passa mal na educação”, dizia a letra.

 

Os incidentes causados por fios de alta tensão da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) também virou tema do bloco com o arranjo da clássica canção dos Bleatles, Help. “Celpe, levei um choque / Celpe, encostei num poste/ Celpe, fio desencapado/ Em Casa não tem luz / Mas a conta chegou / Eu acendi uma vela / E a casa incendiou”, cantaram,  recebendo a aprovação da plateia.

Mobilidade urbana,  os novos projetos imobiliários, a falta de estrutura do Carnaval Olindense também foram destacados nas letras. Os assuntos sérios também foram deixados de lado e cederam lugar para a grea que não perdoou nem a mãe do ex-presidente Lula. “O mais legal do Quanta Ladeira é isso: a gente tira onda com todo mundo com leveza, sem ofender ninguém”, avaliou Fafá de Belém, que já participa do bloco há vários anos e que foi recebida com um coral: “Fafá eu quero, Fafá eu quero, Fafá eu quero mamar.

O bloco se despediu do público o por volta das 19h em clima de samba sem garantir se haverá outra edição no ano que vem. “A gente não sabe nem se vai tá vido amanhã”, brincou Nena Queiroga, uma das fundadoras do Quanta Ladeira. Lula completou: “Todo ano é o último”.

 

Por Lenne Ferreira

 

 

Author: Tatiana Sotero

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