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Paulo Zulu passou perrengue em Fernando de Noronha

Paulo Zulu passou perrengue em Fernando de Noronha

Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Aos 51 anos, em pleno boom das redes sociais, principalmente o Instagram, Paulo Zulu afirma que não gosta do universo virtual. “Não vou ficar brigando com fantasmas. Nas redes sociais só tem isso. E agora o Secret veio para confirmar que as pessoas estão ali para falar mal”, disse o modelo. Ele esteve no Recife na tarde dessa quinta-feira, para o lançamento da grife carioca Sandpiper no Shopping RioMar.

Pousada é localizada na Guarda do Embaú, em Palhoça (Foto: Zululand/Divulgação)

Pousada é localizada na Guarda do Embaú, em Palhoça – Foto: Zululand/Divulgação

Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Napóleão, diretor criativo da Sandpiper, com Paulo Zulu pelas ruas do Recife Antigo, durante trajeto do Museu Cais do Sertão ao Paço do Frevo – Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Antes de seguir ao trabalho, a equipe do Blog João Alberto circulou com Zulu, apelido do modelo,  pelo Cais do Sertão e Paço do Frevo, dois lugares que ele fazia questão de conhecer. Carioca, Paulo já morou em Nova Iorque e Paris, cidade onde conheceu sua mulher, a também modelo Cassiana Mallmann, com quem tem dois filhos, Patrick e Dereck. Atualmente, vive na paradisíaca Guarda do Embaú, a 40 km de Florianópolis, em Santa Catarina, onde tem uma pousada batizada de Zululand. Em entrevista exclusiva, contou sobre seus projetos, hobby e detalhes sobre o perrengue que passou em Fernando de Noronha.

Como você define o seu estilo de vida?
Eu nasci com alma de pescador mas eu trabalho como celebridade, então eu vivo em qualquer universo de uma forma tranquila, respeitando o próximo, a mim mesmo e os princípios básicos da vida. Não tenho muita vontade de adquirir muitas coisas materiais, o importante é ser feliz e fazer bem.

Em relação ao guarda-roupa, o que gosta de vestir?
Gosto de estar bem vestido, mas ao mesmo tempo confortável. Sem estar chamando atenção demais, gosto de vestir roupas neutras.

Como é sua relação com a Sandpiper?
Já conheço há muito tempo, um dos primeiros catálogos foi feito comigo e a parceria durou por muitos e muitos anos. É uma roupa que não só tem meu estilo, como a pessoa dele também (Napoleão, diretor criativo da marca). Já éramos surfistas e depois nos encontramos, eu como modelo famoso e ele como estilista já desenvolvendo um trabalho muito bom. Me identifico com a filosofia que ele quer passar.

Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Paulo Zulu no Paço do Frevo, vestindo peças da nova coleção Verão da Sandpiper – Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Por conta dessa aproximidade com Napoleão, você já chegou a dar algum pitaco na criação da coleção?
Algumas vezes sim, em relação a peças que eu achava que não ia ter tanta venda como outra, mas ele falava que era pra desfile, pra chamar atenção, tipo bermuda muito colorida, camisas muito detalhadas.

Hoje, como é sua rotina?
Minha rotina é trabalhar, pegar onda, correr, cuidar da família, cuidar de mim. Já peguei onda em Noronha em 2003, mas quero voltar logo. Dou aulas de jiu-jitsu numa academia.

Qual foi o perrengue que você passou em Fernando de Noronha?
Eu passei uma roubada incrível com o Napoleão que eu nunca mais vou esquecer. A gente tava lá fora da Cacimba do Padre, pintou um bando de golfinhos, Napoleão falou para o fotógrafo ‘vai lá, Zulu pula na água e desce com os golfinhos a 30m’. Só que o fotógrafo amarelou e o próprio Napoleão mergulhou. Ficamos eu e ele com os golfinhos em alto mar. Só que o barco foi se afastando, e os golfinhos seguindo o veleiro e a gente ficando pra trás. Acabou o filme da máquina, porque na época não era cartão. Simplesmente, estávamos em altomar. O barco já estava a mais de 1km da gente e fomos atrás nadando que nem um louco.

Crédito: Arquivo pessoal

Paulo Zulu ama surfar – Crédito: Arquivo pessoal

Como surgiu o apelido Zulu?
Em 1984, o pessoal me chamou de africano e pensou que eu ia achar ruim, porque eu tinha um cabelo blackpower. Hoje em dia, eu agradeço e falo obrigado. Meu sobrenome é Cesar. Paulo Cezar Fahlbusch Pires. O apelido surgiu durante uma viagem que eu fui surfar com a galera. Eu era mais novo e o pessoal ficava dizendo “vai muleque, varre o barraco”. Eu dizia que não era moleque, e após muitas brigas, eles começaram a querer me perturbar, dizendo que eu parecia aqueles africanos, me diminuíram, me chamaram de preto africano, Zulu, como forma de preconceito racial.

Paulo Zulu no Museu Cais do Sertão - Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Paulo Zulu no Museu Cais do Sertão – Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Qual teu hobby?
Eu dou aula de jiu-jitsu, eu surfo, hoje em dia eu faço várias coisas. O tempo maior que desperdiço é com minha família e com meus filhos, que estão crescendo. Patrick, de 12 anos, e Derick, de 10 anos.

Você tem algum projeto de vida?
Não. Eu vou filtrando na minha vida as oportunidades. As coisas vão acontecendo.

Quantos desfiles você já fez?
Perdi as contas. Segunda-feira tenho dois desfiles em Fortaleza, tenho alguns projetos em Floripa com uma pessoa que está querendo fazer um programa online. Estou sempre envolvido com essa coisa de desfile. To bem ativo ainda.

Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Crédito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Nesses desfiles que você participou, teve algo estranho que  teve que vestir?
Eu sou pago pra trabalhar. O cliente que tem que dizer o conceito e o que eu tenho que vestir. Para o Moschino, na Itália, botei uma minissaia atoalhada rosa com um blazer rosa e uma bolsinha. É estranho? Muito! Só que o cliente quis isso, eu vou fazer o que? Vou entrar amarradão. E o retorno foi excelente. Porque a forma que eu entrei, as pessoas comentaram ‘não tem nada a ver com o cara’.

Author: Thayse Boldrini

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