Recife e Noronha podem ganhar um Café de La Musique

Recife e Noronha podem ganhar um Café de La Musique

Álvaro Garnero - Crédito: Reprodução/Twitter

Álvaro Garnero é o nome à frente do Café De La Musique desde 2005, referência no ramo de entretenimento  – Crédito: Reprodução/Twitter

Álvaro Garnero, nome à frente do Café De La Musique com unidades espalhadas pelo Brasil afora – e agora em Nova Iorque – , passou o fim de semana no Recife. Ele veio conferir a segunda edição da festa  Café On Tour, conceito itinerante da sua label que costuma acontecer em cidades que não têm casa fixa do Café De La Musique. A boa notícia é que Recife pode estar bem perto de ganhar uma. Em entrevista exclusiva ao Blog João Alberto, ele revelou que tem projeto de expansão para a capital pernambucana, incluindo uma casa fixa, inicialmente em 2018 e, quem sabe, um hotel. É que, além de restaurante-boate, o Café De La Musique vai passar a operar como hotel boutique. O primeiro será  na Praia de Cumbuco, no Ceará, mas Álvaro tem a pretensão de expandir para Fernando de Noronha, Trancoso e Recife.

Crédito: Divulgação/Café De La Musique

Álvaro Garnero com o filho, Alvarinho, que mora em Londres – Crédito: Divulgação/Café De La Musique

Garnero está no mundo dos negócios desde os 16 anos. Quando completou 18, ele decidiu morar nos Estados Unidos para estudar inglês. O plano inicial era ficar seis meses, mas acabou estendendo por 15 anos sua estada. De volta ao Brasil, Garnero virou figurinha carimbada nas colunas sociais, criou o Café De La Musique – referência na indústria do entretenimento – e começou a comandar um programa de televisão com o que mais gosta de fazer: viajar. Para se ter uma ideia, Álvaro já deu uma volta ao mundo em 80 dias sem avião. Esta e muitas outras experiências, o empresário contou em entrevista exclusiva, confira:

Você começou a trabalhar cedo. Quais foram as experiências e em que atuava?
Eu comecei a trabalhar com 16 anos em uma das fábricas da Klabin, em São Paulo, de papelão ondulado. Com 18 anos, fui morar nos Estados Unidos, onde fiquei por 15 anos, fui casado, tive meu filho e lá tocava parte de um projeto imobiliário. Também trabalhei no ramo de entretenimento. Comandei um restaurante em San Diego, mas claro, sempre muito ativo nas atividades do grupo Garnero com meu pai. Em 2005, inaugurei o primeiro Café De La Musique em São Paulo, o primeiro dining club do Brasil, com Rico Mansur e parceria com três estilistas brasileiros: Amir Slama, Fause Haten e Ricardo Almeida. A ideia era trocar o interior e os tecidos do espaço a cada temporada. Como era um dining club, começava a funcionar como um restaurante e depois da 0h, a música aumentava.

Como foi a experiência de dar uma volta ao mundo?
Foi uma das viagens mais fascinantes da minha vida porque eu dei uma volta ao mundo em 80 dias sem avião. Foi uma corrida contra o tempo. Uma corrida de superação, motivação, muitos obstáculos pela frente. Foi um caminho de aprendizado, experiência e cultura que vou levar para o resto da vida.

Dos países que você passou, qual foi o que mais o surpreendeu?
Dos países que passei – quase 90 –  a Mongólia tem uma cultura fantástica. Os habitantes não têm residência fixa, eles são nômades. Uluwatu é muito visitado pelos turistas. Além disso, tem a música, a dança, os cavalos que impressionam, além da beleza e do carinho das pessoas.

Qual o futuro do Café De La Musique? Tem planos para investimento de uma nova casa no Recife? Quais são os projetos de expansão?
Eu tenho uma agenda bem ocupada hoje devido ao programa 50 por 1, principalmente porque renovei o contrato até 2020 com a Record e tem muita viagem pela frente. A expansão do Café De La Musique vem numa velocidade crescente. Sempre tive vontade de transformar o Café em beach club e hotéis e isso está acontecendo. Com os nossos sócios de Cumbuco e do Recife, tomou uma velocidade ainda maior. A expansão internacional também me interessa muito. Recentemente inauguramos um Café nos Hamptons, em Nova Iorque, e estou analisando a possibilidade de implantar uma unidade no Qatar, em Tulum.

Crédito: Reprodução do Instagram @cafedelamusiquecumbucooficial

O beach club do Café De La Musique em Cumbuco – Crédito: Reprodução do Instagram @cafedelamusiquecumbucooficial

Hoje, estamos com quase 20 casas; partimos agora para um hotel em Cumbuco (Fortaleza), com 120 quartos, que é o Café De La Musique Boutique Hotéis, com início de operação previsto para o fim do ano que vem. Estamos vendo a viabilidade de instalar em Trancoso, Fernando de Noronha, Recife e outros lugares em um período de oito anos. Além disso, analisamos a possibilidade de instalar uma casa fixa do Café De La Musique no Recife, em 2018.

Crédito: Divulgação/Café De La Musique

Café De La Musique em Jurerê – Crédito: Divulgação/Café De La Musique

Como você enxerga a sua atuação que conseguiu transformar o Café de La Musique em referência no mundo do entretenimento?
O nome do Café De La Musique está muito atrelado à minha pessoa pelo motivo de ter fundado em 2005 e sempre ter estado à frente. Hoje, a marca pertence a mim e ao outro sócio Kadu Paes, que fica na parte financeira. Eu, com a exposição na mídia, e agora com o programa 50 por 1, que atinge 14 pontos de audiência em São Paulo, consegui uma visibilidade ainda maior para os meus negócios.

Quanto a casa chega a faturar em uma tarde, por exemplo, em Jurerê Internacional?
Em Jurerê, tem casos extraordinários, como em uma noite, em 2010, uma pessoa gastou R$ 600 mil em um dia só. Desde 2007, conseguimos transformar Jurerê numa Ibiza brasileira. Triplicamos os valores das casas ao redor do Café de La Musique em Jurerê durante o ano.

Crédito: Divulgação/cafedelamusiquetrancoso.com.br

Café De La Musique Trancoso – Crédito: Divulgação/cafedelamusiquetrancoso.com.br

Estamos vendo essas mesmas consequências em Trancoso, onde as casas estão com preços exorbitantes, não só pelo fato do Café De La Musique estar lá pelos últimos três anos, como também por ter virado o melhor réveillon do Brasil. A gente tem ajudado levando as angels da Victoria Secret’s, as mulheres mais lindas do mundo, gente conhecida e agregando ao turismo local.

Você é amigo do Mick Jagger e foi um dos responsáveis por organizar as festas exclusivas em homenagem aos Rolling Stones no Brasil. Como é a relação entre vocês dois?
Eu tenho um carinho enorme por ele, inclusive estou indo para Los Angeles para assistir a um show dele no Coachella. Vou estar com o Mick e talvez fazer alguma coisa na casa que vou ficar. E no Brasil, quando ele vem, eu sempre cuido das festas dele após o show. Mick virou um grande amigo. Devemos fazer algo diferente com a banda dele que está vindo ao Brasil na próxima edição do Lolapallooza.

Crédito: Reprodução do Instagram

Álvaro Garnero posa ao lado de Mick Jagger e da empresária Cris Arcangeli, com quem foi casado durante seis anos- Crédito: Reprodução do Instagram

Qual o seu sonho de consumo? E com o que costuma gastar dinheiro?Meu sonho de consumo é sossego: ficar na minha cama, tranquilo, sem agitação, lendo e fazendo minhas coisas. Gosto de gastar dinheiro com passagem aérea para visitar meu filho que mora em Londres. Gosto muito de relógios também. Mas prefiro deixar o dinheiro no banco.

Qual a sua filosofia de vida?
Sobre a minha filosofia de vida, tem um ditado chinês que sempre gosto: “Cair três vezes para levantar quatro”. Cada caída vou tomando como uma experiência de vida. , Como dizia meu avô, Joaquim Monteiro de Carvalho: “Humildade é sua melhor companhia de vida”.

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Author: Thayse Boldrini

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