Pernambuco foi eleito o Inventor do Ano em evento nos Estados Unidos

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Entre os mais de 95 mil funcionários da Intel – a maior empresa do mundo no setor de semicondutores – um pernambucano de 40 anos ganhou o maior destaque. Carlos Cordeiro, engenheiro chefe e diretor da companhia na área de comunicação wi-fi foi escolhido, em cerimônia no Dolby Theatre, em Los Angeles, o prêmio de Inventor do Ano das mãos do próprio

Carlos produziu conhecimento. Liderando o time de pesquisa e desenvolvimento na área de comunicação sem fio, ele registrou mais de 200 patentes para a Intel, sendo 65 só no ano passado – e 15 delas consideradas fundamentais, que podem ser utilizadas de modo mais abrangente – fora outras 400 patentes que estão esperando aprovação.

“Uma grande parte do que a gente faz é evoluir a tecnologia, criar novos produtos. Muito provavelmente, o wi-fi que você está usando agora, no seu computador ou smartphone, tem algum elemento que eu desenvolvi aqui. Agora, estou trabalhando no wi-fi que você vai usar daqui a cinco anos. Estamos sempre na ponta da pesquisa”, explica Carlos, que trabalha na Intel há 10 anos, depois de ter passado também pela Phillips e pela IBM.

Foi essa proficiência no desenvolvimento de ideias que rendeu ao pernambucano a premiação. “Já tinha recebido outras gratificações da empresa, mas nunca nesse porte”, reconhece Carlos. Formado em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (onde também fez um mestrado), o engenheiro mora nos Estados Unidos desde 2001, quando foi convidado para trabalhar na IBM. “Minha formação na UFPE foi extremamente relevante na minha carreira. Na minha época, como hoje, é um curso de ponta, que além da formação teórica incentiva os alunos a buscar conhecimento e se aprimorarem”, lembra.

Foi na UFPE que Carlos teve seus primeiros contatos com empresas e professores do exterior. “Ainda em 1995, a Sun Microsystems tinha acabado de lançar a linguagem Java e fez um concurso mundial para aplicações feitas com ela. Montei um grupo com dois colegas e ficamos em terceiro lugar. Pouco depois ganhei uma bolsa de estudos do CNPq, ainda estudando na graduação, que me possibilitou terminar meu mestrado com menos de um ano de formado”, conta o engenheiro.

Os estudos publicados nessa época chamaram a atenção de um professor americano, que convidou Carlos para fazer seu doutorado nos EUA. “Quando a IBM me chamou, já tinha esse doutorado em mente. Tanto que entrei na empresa em janeiro de 2001, mas saí logo depois e comecei o doutorado em setembro do mesmo ano. Em menos de dois anos e meio concluí a formação, surpreendendo muitas pessoas da universidade”, completa.

 

Author: João Alberto

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