Música, moda e ativismo no Coquetel Molotov 2016

Por Mariah Villanova

fotojornalismo

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

O Festival Coquetel Molotov realizou ontem sua 13ª edição no Recife, na Coudelaria Souza Leão, sob produção de Ana Garcia e Jarmeson de Lima. O evento reuniu música, moda,  dança e gastronomia em um estilo que buscou semelhança com os grandes festivais alternativos que acontecem nos Estados Unidos, como o Coachella Valley Music and Arts Festival.

A estrutura da festa foi dividida em dois palcos de shows principais, Velvet e Sonic; e setores mais descentralizados, como o palco Aeso, que apresentou atrações novatas no mercado musical. Também fez parte da programação a tradicional Kombi do Som na Rural, trazendo DJ Mozaum e Cleiton Rasta. Um longo espaço de stands foi reservado para a exposição de lojas de acessórios e roupas. Além disso, não faltaram os food trucks: ao redor do pólo gastronômico do festival foi instalada uma área de convivência destinada aos participantes.

 

MÚSICA

fotojornalismo

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

Céu

A cantora paulistana voltou a Recife após um hiato de pouco mais de um ano, dessa vez trazendo a turnê do mais recente trabalho lançado, o álbum Tropix. Mergulhando em sonoridades eletrônicas, diferente da forte presença do afrobeat dos trabalhos anteriores, Céu apresentou o novo disco sendo muito bem recebida pelo público. A segunda faixa tocada no repertório do show foi “Perfume do Invisível”, primeiro single do Tropix. A artista ainda cantou “Etílica” e “Amor Pixelado”.

foto_karol1

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

Karol Conka

Destaque do rap feminino e negro, a curitibana volta aos palcos do Festival três anos depois, chegando ao Molotov como uma das headliners da noite. Em show eletrizante da turnê do álbum Batuk Freak (2013), Karol levou a plateia ao delírio com faixas como “100% Feminista”, “É o poder” e a campeã de plays no Spotify, “Tombei”. A artista conversou com a plateia, fazendo discurso contra padrões estéticos, e recebeu no palco ativistas do coletivo feminista Vaca Profana. A faixa “Lalá”, que fará parte do próximo disco da cantora, foi a escolhida para ser revelada ao público em Recife, já que nunca foi cantada ou disponibilizada anteriormente. O espetáculo foi encerrado com um cover da música “Back to Black”, da britânica Amy Winehouse. Após o show, em conversa com o Blog, Karol falou sobre a relação com os fãs de Recife. “A galera é mais fervorosa, eu fico mais à vontade. Eu sempre sou muito espontânea, mas aqui eu acho que o público julga menos”, disse. Ela ainda contou que o lançamento do próximo disco será em Novembro e revelou que o título será “Ambulante”.

foto_bayanasystem1

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

BaianaSystem

Responsável pelo show mais agitado e esperado da noite, o grupo baiano trouxe para Recife a turnê do disco “Duas Cidades”, lançado este ano. Eles tocaram faixas como “Terapia”, uma das que mais agitou a plateia, e “Playson”, uma das mais esperadas. A banda ainda trouxe como convidada Larissa Luz, ex-Ara Ketu que seguiu carreira solo. Russo Passapusso, vocalista da banda, falou sobre o que sentiu sobre o show. “Gostamos muito do manguebeat aqui e do sambareggae na Bahia, então foi o melhor palco pra gente poder mostrar nosso trabalho”. Além disso, revelou o desejo de gravar uma música com Karol Conka e adiantou que já vem tratando sobre o assunto com ela. Em conversa com o Blog, Roberto Barreto, guitarrista e idealizador da banda, falou do interesse em voltar a tocar no carnaval de Recife. “Para gente seria uma honra poder vir tocar no carnaval daqui de novo, é o encontro dos dois grandes carnavais do Brasil: Salvador e Recife”

MODA

A feirinha do Coquetel Molotov teve de tudo: desde flashday de tatuagem até marca de design de estampas. O maior destaque entre os produtos expostos foi a presença de cores fortes, presentes nas produções de acessórios e roupas da maior parte dos estandes. Outro ponto interessante foi a quantidade de produtos feitos em produção artesanal. Abaixo, estão alguns destaques:

fotojornalismo

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

BananaSplit

A marca existe desde 2013 e tem como idealizadora a designer Julice Pinheiro. Na feirinha, ela expôs as coleções de Frida, da Argentina e peças de coleções mais antigas. É a segunda vez que a BananaSplit está na feirinha do Coquetel em Recife. “Todo ano, no Coquetel, eu faço uma peça para o festival. No ano passado teve um brinco chamado Molotov e esse ano eu fiz o colar ‘Tombei’, em homenagem a Karol Conka”, conta. A loja pode ser encontrada através de facebook e instagram.

foto_mariaduarte1

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

MARIADUARTE

A joalheria artesanal surgiu através do TCC do curso de design de Maria Eduarda Duarte. Apresentando a coleção Invento, baseada nas obras da artista plástica Lygia Clark, Duda usa a prata como o principal material para fazer os acessórios. Ela começou confeccionando todas as peças sozinha e hoje mantém o mesmo método de produção.

fotojornalismo

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

Detalhe da phytoplankton, uma estamparia onde as pessoas podem comprar as estampas que desejarem para colocar no tecido e objeto que preferirem.

foto_toca_salamandra1

Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

Brinco da loja Toca da Salamandra, que possui produtos exclusivos.

QUEM PASSOU POR LÁ

fotojornalismo

Ana Garcia, produtora do Festival. Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

 

barro_e_jucara_marcal

Os artistas Barro e Juçara Marçal. Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

 

dj_lala_k

DJ Lala K. Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

 

fotojornalismo

Gedai Silton. Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

 

Larissa Luz. Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

 

roberto_barreto_baianasystem

Roberto Barreto, da BaianaSystem. Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

 

cleiton-rasta

DJ Cleiton Rasta. Crédito: Marlon Diego/Esp. DP

Author: Juliana Freire

Compartilhe este post