Fernando Basto fala sobre tratamento contra a calvície

Fernando Basto - Crédito: Roberto Ramos/Aqui PE/DP

Fernando Basto – Crédito: Roberto Ramos/DP

Com mais de 6 mil pacientes operados vindos do Brasil e do exterior, Fernando Basto tornou-se um dos pioneiros no emprego do mega e giga transplante de unidades foliculares. “Defino o cirurgião de calvície como um verdadeiro artista, aquele que possui o dom da arte na medicina cirúrgica”, disse o especialista. Em entrevista exclusiva à Coluna João Alberto, no Diario de Pernambuco,ele fala sobre calvície e todo o tratamento necessário para combatê-la. Confira:

O que é a calvície?
A calvície representa o estado avançado da queda dos cabelos, tornando visível a pele do couro cabeludo. A grande maioria das pessoas portadoras de calvície só notam que estão evoluindo para esse estágio quando já perderam cerca de 30% dos fios. Geralmente os pacientes relatam que despertaram para o problema pela queda grande de fios visto no travesseiro, no pente e até no chão do banheiro. Quando a pele do couro cabeludo se torna aparente, as pessoas se assustam e procuram ajuda na cirurgia plástica ou dermatologia.

Qual a principal razão da perda dos cabelos?
A causa mais comum da calvície é genética e pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, sendo mais comum aparecer entre os 25 e 45 anos. Existem outras causas, como as alterações hormonais decorrentes de doenças na tireóide e nos ovários e também algumas autoimunes e as Alopecias decorrentes de trauma acidental. Todas essas causas podem evoluir para uma queda de cabelo acentuada, muitas vezes comprometendo a área doadora o que, em alguns casos, pode limitar o tratamento cirúrgico.

Crédito: Julio Jacobina/DP

Crédito: Julio Jacobina/DP

Qualquer pessoa pode ser operada?
A grande maioria dos calvos pode fazer o transplante capilar! Porém, é de fundamental importância que o paciente seja avaliado previamente pelo especialista para um diagnóstico preciso e um estudo pormenorizado da área doadora. O médico deve classificar o grau de calvície, examinar minuciosamente a pele calva e avaliar cuidadosamente a qualidade da área doadora e a técnica a ser utilizada.

Quais são essas técnicas?
A técnica mais a avançada e reconhecida mundialmente para restaurar a calvície é a do transplante de unidades foliculares. Existem três técnicas para colheita dessas unidades foliculares da área doadora. Cada uma tem vantagens e desvantagens, e a escolha de uma ou outra vai depender do caso. Acabamos de adquirir o mais moderno aparelho micro-motorizado do mundo para a extração das unidades foliculares. Trata-se do Devroye fue System. Um equipamento francês de grande precisão capaz de extrair as Unidades sem causar dano as raizes do cabelo, possibilitando uma pega total dos folículos enxertados, incrementando o resultado final.

Crédito: Julio Jacobina/DP

Crédito: Julio Jacobina/DP

Qual a ideal para tratar o problema?
Não existe uma técnica ideal para todos os casos. Usando a máxima da medicina, “cada caso é um caso”, o cirurgião especialista deverá saber indicar qual a técnica ideal para o caso estudado. Cirurgião que emprega uma só técnica, não é considerado um especialista no transplante capilar. A variação genética é grande e podemos encontrar pacientes com couro cabeludo rígido, elástico, espesso, delgado, além de cabelos cacheados, lisos, finos, grossos, pretos, brancos, densos, ralos, etc…

Em que estágio deve ser indicada a cirurgia?
Não costumo indicar o transplante capilar indiscriminadamente. Primeiro, estudo o caso minuciosamente, avalio a área doadora e ouço o paciente longamente para saber dos seus anseios e expectativa com relação a cirurgia. Em alguns pacientes, sobretudo nos mais jovens com idade entre 18 a 22 anos, prefiro aguardar a evolução do quadro e o amadurecimento psicológico para tomar a decisão certa quanto ao procedimento cirúrgico a ser empregado. Em pacientes com calvícies avançadas, avalio bem a área doadora e procuro explicar todas as etapas, técnicas e número de sessões necessárias para se obter um resultado satisfatório.

Author: Thayse Boldrini

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