DFB Festival destaca o feminismo no primeiro dia de desfiles em Fortaleza

Posted By Thayse Boldrini on 25/05/2017, 08:00

A repórter viajou a convite do DFB Festival

Créditos: Roberta Braga, Cláudio Pedroso e Pedro Brago

Fortaleza: Viva essa festa! Este é o lema desta nova edição do Dragão Fashion Brasil, o maior encontro autoral da América Latina, que chega à maioridade se transformando em um festival, integrando além da moda, uma programação intensa que abrange cultura, gastronomia, música, palestras, mesas redondas e workshop. E foi com uma discussão sobre Upcycling – o processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade – que a programação começou a todo vapor no Terminal Marítimo de Passageiros, reunindo o estilista Alexandre Herchcovitch, Gabriela Gazepa e Marina De Luca, do projeto Moda Limpa, para um breve bate-papo. “A indústria da moda brasileira deve muito à tradição têxtil nordestina. Mesmo com tantas adversidades, a criatividade mantém-se como base das nossas confecções, que investem cada vez mais em ações inovadoras e consistentes, como o próprio DFB”, explica o idealizador do evento, Cláudio Silveira.

A miss Brasil Raissa Santana assistindo ao desfile de Wagner Kallieno – Crédito: Thayse Boldrini/DP

Na passarela, vimos uma moda rica em trabalhos manuais, cheia de bordados, tricôs, rendas e crochês. O multicolorido também roubou a cena, com capas de plástico, mostrando que é possível usar este material em peças informais ou glamourosas. As três salas de desfiles, inclusive, ficaram lotadas em todas as apresentações do dia, com direito a presenças marcantes de Ciro Gomes, a Miss Brasil Raissa Santana e a ex-BBB Ana Paula Renault. Até a mulher de Wesley Safadão cruzou o catwalk vestindo um modelo de renda longo com transparências, deixando suas curvas à mostra. Vale ressaltar que, pela primeira vez, o casting de modelos do DFB será de origem 100% nordestina, uma grande reverência às profissionais da região. Confira detalhes do primeiro dia de desfiles:

BABADO COLETIVO

Flúor, plástico e muitos tons vibrantes na coleção do Babado Coletivo. Os homens chamaram atenção na passarela usando lingerie e batom, já as mulheres deixaram a silhueta à mostra. “Queremos lutar através das cores e formas, pela igualdade do gênero e liberdade”, expõe o Babado Coletivo. O coletivo cearense, formado por designers, produtores e empreendedores, levantaram a bandeira do feminismo na apresentação. “Cores vibrantes reforçam a luta da mulher, uma silhueta vai sendo desconstruída e o corpo feminino desmistificado”.

Créditos: Roberta Braga, Cláudio Pedroso e Pedro Brago

VILLÔ ATELIÊ

Para quem gosta de tricô, crochê e macramê, o Villô Ateliê deu um verdadeiro show na passarela com criações ricas em trabalhos manuais e repletas de bordados com pérolas. O shape das peças próximo ao corpo roubou a cena em uma versão “tubinho”, que causou até uma certa dificuldade na hora da modelo cruzar a passarela. As peças saíram da passarela direto para a venda.