Dia das Crianças: conheça histórias que marcaram a infância de nomes conhecidos da cidade

Para muita gente, infância boa tem passagem pela casa da avó. Várias vezes, com os primos reunidos. Ou um cachorro que cresceu junto com você, mas já foi embora. Tem também aquela comida especial que é a favorita até hoje. E, para quem já saiu dessa fase, a memória é a melhor amiga. Sorrir recordando as peripécias da infância é uma das melhores sensações. Dividir isso com as pessoas, então, é ainda melhor. Pensando nisso, selecionamentos alguns nomes da cidade e pedimos para que contassem histórias marcantes dos tempos de criança. Se você está com vontade de voltar o tempo com eles, confira abaixo cada uma delas:

 Rafa Mesquita, cantor:

Rafa Mesquita – Crédito: Arquivo Pessoal/Divulgação

“Uma grande memória que eu tenho da infância era tentar aprender a tocar violão com meu avô, para tocar nos fins de semana em Tamandaré com minha família. Eu ficava observando ele tocar e no final das músicas, ele me passava uma nota ou outra para eu tentar aprender. Por isso, acabei aprendendo a tocar músicas antigas, do tempo dele, como Cartola, Ney Matogrosso. E pra mim era um desafio porque eu tinha que seguir a batida dele mas, hoje, ele é uma das minhas grandes inspirações. Outra lembrança forte é jogar bola e todo tipo de esporte embaixo do prédio, nas férias escolares. Eu passava o mês embaixo do prédio!”

Dona Carmem Virgínia, chef de cozinha:

Dona Carmem Virgínia – Crédito: Arquivo Pessoal/Divulgação

“Quando eu era criança, gostava de brincar de ser jornalista. Vivia com um caderno e lápis na mão escrevendo e anotando sobre tudo! Sobre política, animais, pessoas… Era muito questionadora e achava que ia mudar o mundo escrevendo e denunciando. Nessa época também gostava de observar minha avó cozinhando suas comidas deliciosas e cheias de afeto. Ainda nem imaginava que a cozinha se tornaria a minha vida!”

Simon Carrazzone, empresário:

Simon Carrazzone – Crédito: Arquivo pessoal/Rafael Martins/DP

“As lembranças mais marcantes da minha infância são sempre aquelas das brincadeiras ao ar livre, de jogar futebol descalço, brincar de esconde-esconde e pega-pega… Tenho dois irmãos e uma infinidade de amigos, o que sempre foi sinônimo de muitas brincadeiras e muitas brigas também. Me chama atenção também que, diferente de hoje em dia, criança comia de tudo. Os pais não tinham tanta preocupação com alimentação saudável. Então, era biscoito e salgadinho todo dia!”

Thiago Wanderley, produtor de eventos:

Thiago Wanderley – Crédito: Arquivo Pessoal

“Histórias engraçadas que meus pais e tios contam de quando eu era criança é que eu sempre aperreava muito meu irmão mais novo, e fingia que não tinha sido eu. Sempre ia, fazia ele chorar de tanto aperrear e, quando alguém ia cuidar dele, eu fingia que não tinha sido eu. E cuidava também, até a pessoa ir embora e eu fazer novamente… Minha tia diz que eu trelava tanto que uma orelha minha era maior que a outra durante muito tempo, de tanto minha mãe puxar sempre a mesma!”

Manuca Furtado, empresária e RP:

Manuca Furtado – Crédito: Arquivo Pessoal/ Roberto Ramos / DP

“Quando eu tinha uns 10, 11 anos, era aniversário de uma amigona minha, na época do colégio. Me lembro que toda a turma estava em uma super expectativa (acho que era a primeira discotequinha da maioria). Lembro também que estava uma super moda de calça pantalona, e eu e minha mãe escolhemos juntas uma roupa. (risos) Fecho os olhos, e volto sempre no tempo da casa onde morávamos e passei toda a minha infância. Era o ponto de encontro dos nossos amigos. Me recordo muito do pé de Goiabeira que eu, Teco e Guigo (meus irmãos), subíamos quando éramos pequenos. A gente catava goiaba e ficávamos horas ali. Só tenho boas recordações ao lado da minha família!”

Bruna Monteiro, administradora e blogueira:

Bruna Monteiro – Crédito: Arquivo Pessoal / Reprodução / Instagram

“São tantos momentos que vêm à mente… Uma história que, de vez em quando, eu lembro está relacionada até ao meu instinto materno. Sempre amei animais, e cuidar deles. Antes dos filhos chegarem, isso supria essa minha vontade e me dava um prazer imenso. Criei gato, papagaio, cágado, pintinhos, peixes, cachorro, preá, cavalos e todos os animais que se apresentavam, eu ia logo pegar. Mas uma das grandes paixões da minha infância era uma galinha de capoeira. Pros olhos de muitos, esquisitinha, a bichinha, pescoço pelado e magrinha. Mas pra mim era uma fofura, eu a tratava como minha bebê. Criava na casa de praia, a colocava para dormir na rede, onde eu ia ela me seguia. Agia como um bichinho de estimação com apego. Num final de semana das nossas idas à praia, já ansiosa pra revê-la, não a encontrei. Tínhamos um galinheiro em casa, mas ela não estava mais lá. Chorei, chorei… sofri demais pela sua ausência. Meus pais vendo todo meu sofrimento falaram que ela tinha fugido. Mas, na verdade, após ter crescido, descobri que a tínhamos comido. Claro, eu sem saber!”

Rebeka Guerra, blogueira:

Rebeka Guerra – Crédito: Arquivo Pessoal / Reprodução / Instagram

“Quando eu tinha uns 11 anos, eu já era muito alta pra minha idade. Eu tinha 1,67m. Aconteceu que ia ter um concurso de beleza da Capricho com a Elite. Naquela época, as inscrições eram através de revista. Mandei minha foto, pedi pra minha tia assinar a autorização sem minha mãe saber e mandei pra São Paulo. Depois de alguns meses, ligaram pra minha casa. Eu até disse que tinha 13 anos, porque era a idade mínima do concurso. Eu precisava contar a história pra minha mãe, né? Que eu tinha me inscrito escondido dela e que queriam que eu participasse das eliminatórias aqui no Recife. Na época, minha mãe ficou louca, né? Ela ficou sem saber como eu tinha conseguido e eu disse que tinha sido a minha tia que tinha autorizado. Eu fui pro concurso, fiquei até a semi-final, ficaram impressionados com minha altura toda com apenas 11 anos. Só não consegui ir mais adiante porque tinha que ter 13 anos e eu não tinha. É uma história engraçada pelo meu sonho de trabalhar com moda há muito tempo!

Gabriel Diniz, cantor:

Gabriel Diniz – Crédito: Arquivo Pessoal / Reprodução / Instagram

“Quando eu tinha uns 6 anos de idade, e eu tava brincando com aquele gravador de fita cassete de antigamente. Era eu e uma amiga minha, Marcela Mendes. A gente foi brincar de repórter, ela me entrevistava porque ela queria ser repórter quando crescesse. Tenho até hoje essa gravação guardada. Ela me apresenta na fita e pergunta: ‘Alô, galera, esse aqui é o Gabriel. Gabriel, o que você quer ser quando crescer?’. Eu respondi que queria ser cantor. E acabou que aconteceu: hoje ela é repórter e eu sou cantor.”

Cesar Santos, chef de cozinha:

Crédito: Arquivo pessoal

“Quando eu era pequeno, adorava ir à feira com minha mãe, comprar ingredientes, feijão, coentro, cebola… Desde os oito anos de idade que eu tenho o pé na cozinha com minha mãe. Todas as receitas de cozinha regional que aprendi hoje são fruto do aprendizado com minha mãe, como a galinha cabidela, galinha guisada, macarronada, lasanha, bode guisado, entre tantas outras coisas”, disse o chef.

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