Presidente do Clube Internacional, Jorge Luiz Gil Rodrigues, conta detalhes sobre a 70ª edição do Bal Masqué

Tatiana e Jorge Gil Rodrigues – Crédito: Nando Chiappetta/DP

Neste sábado, o Clube Internacional se veste para a 70ª edição do Bal Masqué, um dos bailes de carnaval mais tradicionais do país. A festa promete muita folia e irreverência ao misturar os três maiores carnavais nacionais – Salvador, Rio de Janeiro e Pernambuco – com shows da banda Babado Novo, Preta Gil, Alceu Valença, este último o grande homenageado da noite.

Há 70 anos atrás, o então presidente do Clube, João Pereira Borges, fundava o baile que trazia um encantador desfile de fantasias e traje a rigor, criando um verdadeiro ritual de tradições que marcaram a historia do carnaval pernambucano. Jorge Gil Rodrigues, atual presidente, nos falou sobre a alegria de estar vivenciando a 70ª edição do Baile. Em entrevista, ele declara que a beleza da noite está na presença dos foliões pernambucanos e conta alguns detalhes sobre esta edição. Confira:

Como surgiu o baile? Faça uma retrospectiva das principais mudanças ao longo dos anos.
O primeiro Bal Masqué aconteceu em 1948, idealizado pelo então presidente do clube, João Pereira Borges, acatando uma sugestão do colunista social Altamiro Cunha. A festa já contou na sua primeira edição, com o desfile de máscaras reunindo a tradicional sociedade pernambucana.

Após 70 anos de história, o que faz do baile uma das maiores tradições do carnaval nacional?
Contamos principalmente com a nossa sociedade pernambucana, que sempre nos prestigiou e apoiou nossos bailes, daí o resultado do nosso sucesso.

Ao longo desses anos, quem foram os principais homenageados?
José David Gil Rodrigues, Maximiano Campos, Jarbas Vasconcelos, Carlos Eduardo Pereira (Cadoca), Eduardo Campos, Ariano Suassuna, Mario Gil Rodrigues Neto, Terezinha Nunes, João Alberto, Otacílio Venâncio, Mario Gil Peres Filho, Marco Maciel, Lula Cardoso Ayres.

Concurso de fantasias Bal Masqué – Credito: Nando Chiappetta/DP

O Clube, com mais de um século, viveu diferentes realidades. Como você avalia essa trajetória?
Com uma trajetória de sucesso. Tudo de acordo com sua época. Porém, preservando nossa cultura, em especial o frevo.

Antigamente, o Bal Masqué era conhecido como uma verdadeira noitada em traje à rigor e com a participação da sociedade pernambucana. Vocês têm projeto de retomar este conceito?
Com a participação da sociedade pernambucana, sim. Em relação ao traje à rigor, não se adequa mais aos tempos atuais.

Vocês estão preparando algo especial para esta edição de 70 anos?
Estamos homenageando o cantor Alceu Valença e os desfilantes Hour Concours premiados em bailes anteriores.

Porque a escolha por Alceu Valença como homenageado?
Por ser um personagem pernambucano, com 40 anos de dedicação à música e, principalmente, ao frevo.

Pela primeira vez, não haverá o desfile de máscaras e fantasias devido a diminuição no número de inscritos. A que podemos atribuir a causa?
Por determinação da Diretoria do Clube Internacional do Recife e em comemoração aos 70 anos de Bal Masqué, decidiu-se que o desfile seria uma homenagem aos desfilantes hour concours, sendo eles: Sandra Farias, José Natal de Paula Amaral, Sebastião Teixeira de Alcântara, Manoel Ferreira Filho e Alexandre Lima, o que ocorrerá às 21h30.

Author: Eduarda Andrade

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