No aniversário do Recife, ex-prefeitos revelam seus lugares preferidos na cidade
Nesta terça-feira, dia 12 de março, a cidade do Recife, capital de Pernambuco, completa 482 anos de fundação. Para celebrar a data, o Blog João Alberto reuniu depoimentos de quatro ex-prefeitos da cidade. Em seus relatos, eles compartilharam a ligação que têm com espaços públicos, a memória afetiva que guardam dos bairros e os cenários preferidos. Confira:
João da Costa, prefeito do Recife de 2009 a 2012
Crédito: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
“O lugar que eu mais gosto do Recife é o Mercado de São José. A área no entorno do Mercado, um local histórico, sempre me atraiu. Ali, para além de sua beleza, está a síntese do Recife e do seu povo: com sua produção cultural e a marca da identidade da cidade dos mascates”.
Mercado São José – Crédito: Gabriel Melo/Esp. DP
João Paulo, prefeito do Recife de 2001 a 2008
João Paulo – Crédito: Paulo Paiva/DP
“Para mim, o espaço mais marcante no Recife é, sem sombra de dúvidas, a Praia de Boa Viagem. Era o lugar que meu pai me levava quando menino e foi lá que aprendi a nadar. É uma referência de praia para todo brasil e até para o mundo. É de lá também que guardo a recordação de ter recuperado a orla, ter tirado as palafitas de Brasília Teimosa e ter construído o parque Dona Lindu. Além de ser espaço mais democrático da cidade do Recife, reconhecido pela população. Por isso, Boa Viagem tem uma marca significativa na minha vida”.
Crédito: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Jarbas Vasconcelos, prefeito do Recife de 1993 a 1996
Jarbas Vasconcelos – Crédito: Paulo Paiva/DP
“Meu lugar preferido é o centro do Recife. Lá é onde está a essência da cidade e é a partir de lá que tudo se expandiu. Gosto tanto que resolvi morar por lá”. O político, que hoje em dia ocupa o cargo senador, mora em uma das Torres Gêmeas, localizada no bairro de São José.
Torres Gêmeas, no Bairro de São José – Crédito: Teresa Maia/DP
Gustavo Krause, prefeito do Recife de 1979 a 1982
Crédito: Teresa Maia/DP/D.A.Press
“O Recife é uma cidade anfíbia: onde não é água, lembra água. Moro na Jaqueira, na beira do Rio. Menino, fui criado no bairro da Torre, tomando banho, pescando e namorando o vaivém das marés. Límpido, limpo e transparente, era assim o Rio da minha infância e adolescência. Hoje quando olho para o Rio uso as lentes do passado. Teimo em não enxergar o rosto desfigurado do curso d’água que, no encontro com o Beberibe, forma, na visão imodesta do pernambucano, o Oceano Atlântico. Pois bem, moro exatamente no local da contemplação de João Cabral que serviu de inspiração para o poema O Cão Sem Plumas. Da minha varanda, logo que acordo, cumprimento o Rio Capibaribe com um amoroso bom dia e o Rio segue correndo diante dos meus olhos e dentro do meu coração. Viva o Recife! Vida ao Capibaribe!”
Crédito: Paulo Paiva/Esp DP/D.A Press
