Disputa pela gestão do patrimônio de João Gilberto inicia durante velório

João Gilberto durante passagem de sua última turnê pelo Rio, em 2008 – Créditos: Leo Aversa.
De acordo com a reportagem do Globo, na segunda-feira (7), enquanto o cantor João Gilberto era velado, as movimentações jurídicas em torno do espólio do artista já aconteciam. A filha, Bebel Gilberto, e a suposta parceira de João, Maria do Céu Harris, entraram com pedidos de inventário naquele mesmo dia — ambas reclamando o direito de cuidar do processo.“Bebel, como curadora, assumiu a gestão do patrimônio do pai. Com o falecimento dele, para que ela possa cumprir com diversas obrigações que existem, agora precisa trocar a curatela pela inventariança”, argumenta Simone Kamenetz, advogada de Bebel. Segundo o jornal, a disputa de Bebel e Maria do Céu pela gestão do inventário de João é apenas parte das disputas que se iniciam com a morte do músico. Em 4 de setembro de 2003, ele escriturou um testamento — ao qual O GLOBO teve agora acesso exclusivo, e determinou que seus bens fossem partilhados entre os filhos João Marcelo e Bebel e Maria do Céu — apesar de o documento trazer a informação de que “o testador declara, por fim, que não tem companheira”. Lembrando que naquela época sua filha mais nova, Luisa, que hoje tem 15 anos e foi fruto do relacionamento com Cláudia Faissol, ainda não era nascida. Conforme a lei, 50% da herança será dividido entre os filhos, e foi decidido por João que a outra metate seria dividade em parte iguais para Maria do Céu e os filhos. Ao conversar com o advogado, Cláudia, que conseguiu a revogação do testamento em 2017, disse estar preparada para contestar a ação de reconhecimento de união estável movida por Maria do Céu.
