Atriz de Mulan apoia polícia de Hong Kong e internautas pedem boicote ao filme

Considerado um dos filmes mais esperados da Disney, o live-action de Mulan acabou se envolvendo nas questões políticas da China. O mundo todo tem acompanhado as manifestações em Hong Kong, que vêm acontecendo por cerca de 11 semanas devido a uma emenda que permitiria acusados de crimes serem levados para julgamentos fora da região, em locais sem acordos formais de extradição, como a China. A iniciativa é considerada por muitos, não só uma ameaça para autonomia do Hong Kong, como também uma brecha para que as pessoas tenham julgamentos injustos e violentos, inciando vários protestos, como a invasão do Aeroporto Internacional da cidade no dia 9 de agosto, gerando cancelamento de voos por diversos dias.
Com isso, a protagonista da produção da Disney, Liu Yifei, decidiu se posicionar de forma nacionalista e prestar apoio a polícia de Hong Kong, acusada de usar força excessiva conta manifestantes. Através de sua página no Weibo (rede social chinesa parecida com o Twitter, que é bloqueado em tal país), a atriz compartilhou uma imagem criada pelo Partido Comunista da China — que diz “Eu apoio a polícia de Hong Kong, pode me bater agora” em chinês e “Que vergonha para Hong Kong!” em inglês. Desde então, internautas locais iniciaram uma série de reclamações contra a jovem em redes sociais, ameaçando boicotar o lançamento de Mulan (com a hashtag #BoycottMulan). Além disso, criticas foram direcionadas para a Disney, por “contratar alguém que perdoa violência”.
Apesar das polêmicas, a produção segue com lançamento agendado para 26 de março de 2020. Dirigido por Niki Caro (Anne with an E) , o elenco ainda conta com Donnie Yen, Jet Li, Jason Scott Lee, Gong Li, Rosalind Chao e Yoson An.
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