Chanel se afasta de Karl Lagerfeld
O público que assistiu aos desfiles da Semana de Moda de Paris se surpreendeu quando os cenários e performances extravagantes articulados por Karl Lagerfeld deram lugar a uma ambientação simples para a apresentação da Chanel. Mais de um ano após a morte do estilista, a maison apostou em linhas curvilíneas brancas e detalhes pretos com liberação de fumaça para “emoldurar” a coleção revelada na capital francesa. E atraiu os holofotes da internet.
“Para o desfile, não há moldura. Não gosto que seja emoldurado”, escreveu Virginie Viard, sucessora de Lagerfeld, sobre o desfile da temporada outono-inverno. “Liberdade, energia, desejo absoluto”, complementou. A Torre Eiffel, os foguetes, iates de luxo e outras suntuosidades escolhidas por Lagerfeld como pano de fundo parecem ter ficado para trás, mesmo que o público esteja acostumado ao preciosismo de grandes cenários montados no Grand Palais de Paris, o monumental edifício com teto de vidro onde ocorrem os desfiles da grife.
“Não temos comentários sobre como serão os próximos desfiles”, chegou a declarar nos bastidores, segundo veículos internacionais, uma porta-voz da Chanel. Na web, reações de estranhamento dos fãs aquecem os rumores de que a maison estaria se afastando ideologicamente de seu mentor.