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Brasileiros com mais de 60 anos desenvolveram novos hábitos na quarentena

Brasileiros com mais de 60 anos desenvolveram novos hábitos na quarentena

Mais tempo nas redes sociais está entre os novos hábitos dos brasileiros com mais de 60 anos. Foto: FreePik/Divulgação

Brasileiros com mais de 60 anos mudaram hábitos de consumo durante o isolamento social de combate à Covid-19 no país: 62% passaram a assistir mais televisão; 61%, a cozinhar mais; 52%, a ler mais; 46%, a ficar mais tempo nas redes sociais; 38%, a utilizar mais serviço de delivery. Os dados são da pesquisa Monitoramento Covid-19: 60+, da MindMiners em parceria com a Hype50+ e a agetech Janno.

“O coronavírus já foi chamado de doença de velho ou baby remover, como um removedor da geração baby boomer, nascida entre o final dos anos 1940 e meados dos anos 1960. Na forma de memes, sátiras ou piadas, o preconceito com a idade se revelou de maneira desumana. E foi além da internet. Em situações extremas, questões éticas foram colocadas em jogo ao escolher quem tratar primeiro em caso de falta de infraestrutura e recursos. Antes velado, o preconceito ganhou as conversas na mesa de jantar, ligações entre amigos, feeds em redes sociais e está presente nos discursos dos representantes políticos”, analisa Layla Vallias, cofundadora da consultoria Hype50+ e da agetech Janno. Coordenadora da pesquisa, ela é especialista na chamada Economia Prateada (atividades econômicas associadas às pessoas com mais de 50 anos).

A pesquisa revelou, ainda, que 71% dos brasileiros com mais de 60 anos estão refletindo mais sobre a finitude; 89% estão tentando manter a mente ativa para diminuir o impacto emocional; 94% estão preocupados com o bem-estar da família e de amigos; 98% dos entrevistados sabe o que é a covid-19; 50% conhecem parte dos sintomas; e 84% acreditam que o vírus seja muito perigoso para o público com mais de 60 anos.

Author: Larissa Lins

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