Como vai ficar o dólar?

Após período de aumento expressivo na volatilidade, a taxa de câmbio caminha para alguma estabilização nos próximos meses, ainda que dentro de uma faixa de preços, conforme o tombo da economia doméstica dá sinais de ser menos tenebroso e o dólar experimenta enfraquecimento global, avaliaram analistas nesta sexta-feira.

O dólar terminou julho com a maior queda mensal do ano (de 4,07%), depois de em maio e junho ter mostrado variações que na soma ficaram no zero a zero (a moeda caiu 1,8% em maio e subiu em ritmo parecido no mês seguinte). Em março, a divisa disparou quase 16% e ganhou mais 4,7% em abril.

Mauricio Nakahodo, economista sênior do MUFG, vê o dólar fechando agosto a 5,35 reais –ou seja, o real em depreciação frente aos patamares atuais. Mas o economista projeta que a taxa de câmbio voltará a 5,10 reais por dólar ao fim do ano.

“Ainda há fatores de incerteza relacionados à recuperação da economia, à política fiscal… –, mas o real deve oscilar numa faixa relativamente estreita, com a hipótese de um controle gradual da pandemia”, disse. “Não teremos aqueles patamares extremos perto de 6 reais ou muito abaixo de 5 reais de antes da pandemia”, completou.

O real perde 23,10% em 2020, pior desempenho entre as principais divisas globais. Quando a pandemia começou a golpear a economia mundial, o Brasil sofreu uma das mais visíveis deteriorações de cenário entre mercados emergentes, mas mais recentemente analistas têm melhorado as previsões na esteira de dados de alta frequência acima do esperado, o que também reforça algumas teses de estabilidade dos juros, movimento com potencial para dar fôlego extra ao câmbio. (Com informações da Money Times)

Author: João Alberto

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