Luisa Moraleida, na foto, trouxe à tona a polêmica sobre a prática. Foto: Reprodução do Instagram
Nos últimos dias, viralizou nas redes sociais a polêmica máscara facial com menstruação. A influenciadora e jornalista Luisa Moraleida, de 25 anos, compartilhou um relato pessoal que incentivou outras mulheres a experimentarem a prática e despertou curiosidade geral sobre o assunto. Contudo, dermatologistas têm aproveitado o ambiente virtual para fazer alertas e desencorajar a sugestão, que pode ser arriscada para a pele. Isso porque o sangue menstrual, ao ser eliminado do corpo, entra em contato com o canal vaginal, onde diferentes micro organismos co-existem no complexo ecossistema da flora vaginal e, ainda, onde podem se alojar bactérias prejudiciais à pele do rosto.
No Instagram, a dermatologista pernambucana Gleyce Fortaleza gravou vídeo de alerta sobre o tema. “O sangue da menstruação não é estéril. Vem da descamação do nosso endométrio e acontece todos os meses, mas ele passa pela vagina, que é um tubo cheio de bactérias, muitas vezes com fungos, com uma flora super diversa”, explica a médica. Ela compara o uso da máscara com menstruação com o micro agulhamento facial, listando as diferenças de higiene, segurança e efeitos. “Não tem justificativa para vocês recorrerem a um artifício tão pré-histórico e cheio de problemas como esse”, finaliza.
Na publicação que trouxe à tona a polêmica sobre o tema, Luisa Moraleida associou a prática a tradições ancestrais e aos ciclos da Lua. “Se conectar com seu sangue e ressignificar o que nos foi ensinado sobre ele (sujo, nojento, trabalhoso, doloroso, pecaminoso) é uma forma linda de se reconhecer”, sugeriu a jornalista. “Você quer pele de bebê? Sangue menstrual é regenerador, rejuvenescedor and fonte riquíssima de minerais e nutrientes”, incentivou a influenciadora, que acumula mais de 128 mil seguidores, provocando série de críticas de profissionais da dermatologia.