Single do pernambucano Vinícius Barros figura em nova playlist de produtora renomada
Por Mariane Magno
A mais nova playlist da produtora musical Laboratório Fantasma, ‘Sons Independentes’, reúne uma seleção apurada de 34 trabalhos musicais feitos por artistas da música contemporânea que se destacaram durante o ano de 2020. O cantor e compositor Vinícius Barros representa Pernambuco com sua nova canção ‘Pra Abraçar Quem Sou’, na qual exalta o orgulho e o empoderamento da negritude.
A Laboratório Fantasma tem sede em São Paulo e simboliza na atualidade uma das empresas mais sólidas e referendadas na difusão cultural de artistas negros, agenciando nomes do cenário nacional como Fióti, Emicida e Rael. Aparecem na playlist também Hot e Oreia, Yhago Sebaz, Liège, Ella Fernandes, Elisa Rosa, entre outros.
Escute a seleção aqui: https://open.spotify.com/playlist/4bkUKSOQQaGjfgC29vJh7t
>>PRA ABRAÇAR QUEM SOU
Batuques dançantes, empoderamento e uma poética cheia de empatia e afrobrasilidade: “danço para abraçar quem sou, a nossa pele, a nossa cor”. Música com sabor de Nordeste e de África, que convida para refletir e dançar, além de encampar o orgulho de ser negro. Os versos do novo single de Vinícius Barros revivem a tradicional filosofia africana ‘Ubuntu’, que propõe a máxima: “sou o que sou pelo o que nós somos”.
A canção, que também ganhou registro de videoclipe em estúdio, inaugura nova fase na carreira de Vinícius Barros. Foi lançada no último 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e segue repercutindo bem nas redes sociais e plataformas digitais neste término de 2020. “A canção surge da provocação de promover um olhar para além do protesto e do enfrentamento. Um olhar para dentro da trincheira, de acolhimento entre os indivíduos da comunidade”, comenta o artista.
Para 2021, ele segue sintonizado com suas raízes e sua identidade, propondo um caminho artístico enérgico e sólido. A previsão é de novos singles entre janeiro e fevereiro, abrindo passagem para seu segundo disco, ‘Cidadela’, a ser produzido no segundo semestre. “O protagonismo negro vem muito pela veia do enfrentamento e da resistência e eu quero somar a este discurso necessário, um outro ponto igualmente relevante: o lugar da beleza, eloquência e do sorriso do nosso povo. A nossa sociedade ainda rejeita e menospreza a felicidade e sabedoria negra”, argumenta.