“House of Gucci”: os detalhes da tragédia que escandalizou o mundo da moda nos anos 1990

“House of Gucci”: os detalhes da tragédia que escandalizou o mundo da moda nos anos 1990

No cinema, história será interpretada por Lady Gaga e Adam Driver nos papéis principais (Foto: Divulgação)

Nos últimos dias, começaram a ser divulgadas imagens das gravações do filme House of Gucci, que conta a macabra história por trás do assassinato de Maurizio Gucci, herdeiro da marca italiana, orquestrado por sua ex-esposa Patrizia Reggiani em 1995. A tragédia que escandalizou o mundo da moda será protagonizada por nada mais, nada menos, que Lady Gaga, como a mandante do crime, e Adam Driver no papel do neto de Guccio Gucci.

Gravações do longa acontecem em Roma, na Itália (Foto: Divulgação)

Com roteiro e direção de Ridley Scott, o longa é baseado no livro “Casa Gucci: Uma História de Glamour, Cobiça, Loucura e Morte”, da jornalista Sara Gay Forden. A película, que está sendo gravada em Roma, na Itália, ainda conta com nomes de peso, como Jared Leto, Robert de Niro, Jack Huston, Reeve Carvey e Al Pacino, integrando o elenco. A produção deve estrear em 24 de novembro deste ano.

Se você ficou curioso para conhecer mais sobre essa tragédia familiar, o Blog João Alberto resume os principais pontos da história:

O casamento

Maurizio Gucci e sua então esposa Patrizia Reggiani (Foto: Reprodução)

Patrizia e Maurizio se casaram em 1972, mas a família Gucci não aprovava a união, uma vez que a eleita pelo herdeiro dos negócios da família vinha de uma origem humilde, filha de lavadeira. O casal, que permaneceu junto ao longo de 15 anos, era visto como modelo na sociedade italiana, teve duas Allegra e Alessandra.

O crime

Maurizio Gucci foi assassinado com três tiros (Foto: Reprodução)


Maurizio foi assassinado com três tiros nas costas quando chegava em seu escritório, na via Palestro, em Milão, na manhã de 27 de março. Na época, ele estava prestes a vender a empresa fundada pelos avós Gucciu e Adia em 1921.

Motivação
Até hoje, Patrizia não revelou a real intenção para orquestrar o assassinato do ex-marido, de quem já estava separada há oito anos na época do crime. A imprensa italiana especulou que a motivação seria ciúme excessivo: após se recuperar de um agressivo câncer no cérebro, Patrizia descobriu que Maurizio estava se relacionando com uma mulher mais jovem. “Naquela época, estava convencida de que alguém como Maurizio não merecia viver. Por quê? Nunca contarei”, revelou a mandante ao jornal Il Giornale, em 2014.

Intermédio de uma vidente
Furiosa com o novo relacionamento do ex-marido, Patrizia chegou a pedir ajuda a amigos para planejar a morte de Maurizio. A ideia, no entanto, não foi levada a sério. Exceto por uma pessoa: Pina Auriemma, amiga, vidente e conselheira espiritual de Patrizia não só a incentivou a seguir com o plano, como foi responsável pela contratação dos assassinos de aluguel.

Descoberta

Patrizia só foi desmascarada dois anos após o crime (Foto: Reprodução)


Patrizia, que só foi desmascarada dois anos após o assassinato. A verdadeira história do crime só foi descoberta após um informante, Gabriele Carpanese, ouvir a história contada pelo próprio negociador do assassinato de aluguel, Ivo Savioni, durante durante uma “competição de brincadeira” para ver quem tinha mais contatos no mundo do crime. Percebendo a gravidade da confissão, Carpanese chamou a polícia e entregou os detalhes do esquema.

Pena

Ao lado das filhas Alessandra e Allegra, Patrizia chorou no caixão do ex-marido (Foto: Reprodução)

Patrizia foi sentenciada a 26 anos de prisão. A mandante, que foi apelida de “viúva negra” pela imprensa, cumpriu pena de 17 anos e saiu da cadeia em 2014. Outras três pessoas também foram condenadas pelo crime: o motorista da fuga, Orazio Cicala (29 anos de prisão), o intermediário da contratação Ivano Savioni (26 anos), Pina Auriemma (25 anos de prisão) e o matador de aluguel Benedetto Ceraulo (prisão perpétua).

Pensão milionária
Recentemente, as herdeiras de Maurizio Gucci, Alessandra e Allegra, foram obrigadas pela justiça italiana a pagar pensão de 24 milhões de euros atrasados para a mãe. A Justiça também reconheceu acordo feito, em 1993, por Patrizia e Maurizio, que lhe dava o direito a receber 1 milhão de euros.

Author: Bettina Novaes

Compartilhe este post