Morre príncipe Philip, aos 99 anos

Nesta sexta-feira (09), o Palácio de Buckingham anunciou a morte do príncipe Philip, aos 99 anos: ”É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo” disse o comunicado. Philip, que faria 100 anos em junho, esteve ao lado da rainha Elizabeth por 69 anos, construindo o reinado mais longo da Inglaterra. Ele, inclus8ive, edsteve no Recife, acompanhando a Rainha na sua visita a Pernambuco em 1968.
Segundo o comunicado oficial, o príncipe faleceu pacificamente no Castelo de Windsor, e, no decorrer do tempo, mais notícias sobre seu diagnóstico serão dadas. Vale lembrar que ele passou por uma cirurgia cardíaca em fevereiro e só recebeu alta após um mês.
Entenda a trajetória do monarca:
Batizado na Igreja Ortodoxa Grega, ainda com um ano de idade Philip foi forçado a deixar a Grécia juntamente com sua família durante a Revolução de 11 de Setembro de 1922, contrária à monarquia. Na infância e juventude, foi enviado para estudar em diferentes países europeus e, por certos períodos, teve contato reduzido com seus pais.
Seu pai, André, morreu em 1944, aos 62 anos, enquanto a mãe, Alice, morreu em 1969, aos 82 anos.
Em 1939, na Inglaterra, Philip ingressou na Marinha Real Britânica, onde se formou na Real Escola Naval de Dartmouth como um cadete de destaque em sua turma. Naquele mesmo ano, teve início a Segunda Guerra Mundial, na qual o nobre serviu no Mediterrâneo e no Pacífico e se envolveu em batalhas.
Ele esteve presente na baía de Tóquio em 1945, quando a rendição do Japão foi assinada.
Já no período de cadete, Philip começou a se corresponder com a então princesa Elizabeth, filha mais velha e herdeira do rei George VI. Os dois se conheceram durante uma visita da realeza britânica à Real Escola Naval de Dartmouth, quando Elizabeth tinha 13 anos e Philip, 18.
A partir de então, os dois começaram a trocar cartas com consentimento do rei George VI. Logo após a Guerra, em 1946, Philip pediu a mão de Elizabeth em casamento, mas, após solicitação do rei, aguardou até o ano seguinte, quando a princesa completou 21 anos, para oficializar o noivado.
Em 1947, Philip abdicou de seu título de nobreza na Grécia e na Dinamarca, se naturalizou cidadão britânico e adotou o sobrenome Mountbatten, de sua família materna. No mesmo ano, foi aceito na Igreja Anglicana e se casou com Elizabeth, passando receber o tratamento de “Sua Alteza Real” e o título de Duque de Edimburgo, entre outros.
Após o casamento, Philip voltou para a marinha, onde chegou ao posto de comandante, e o casal teve seus dois primeiros filhos já nos anos seguintes: Charles, em 1948, e Anne, em 1950.
Em 1952, quando Philip e Elizabeth se encontravam em viagem ao Quênia, foram comunicados do falecimento do Rei George VI, aos 56 anos, por uma trombose coronariana durante o sono, após anos de problemas de saúde.
O casal voltou, então, ao Reino Unido, onde a princesa seria coroada a rainha Elizabeth II e Philip passaria a ser o consorte real – o cônjuge do monarca reinante. Desde então, o primeiro nome da linha de sucessão para o trono é o príncipe Charles, primogênito do casal. Os dois ainda teriam dois outros filhos: Andrew, nascido em 1960, e Edward, em 1964.
Como consorte da rainha, Philip, ao longo dos quase setenta anos seguintes à coroação, passou a acompanhar Elizabeth em diversas cerimônias dentro e fora do Reino Unido, além de servir à Coroa em outras funções. Ao longo das décadas a imprensa noticiou crises no casamento de Elizabeth e Philip, que teriam motivações diversas, como o descontentamento do Duque de Edimburgo por deixar o Exército para se dedicar ao posto de consorte real — situações negadas pela realeza.
Outras polêmicas envolveram seu nome, como uma acusação de Mohamed al Fayed, pai de Doddi (namorado da princesa Diana na época de sua morte) de que Philip estaria por trás do incidente que matou seu filho e Lady Di, alegação que nunca foi sustentada com provas. (Com informações da CNN)
