Onde já existe o Turismo de Vacina

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O Turismo de Vacina não é tão simples assim. Nem barato. Viajar para tomar vacina está, sim, se tornando uma moda, principalmente entre os mais endinheirados. Mas as barreiras sanitárias – principalmente contra brasileiros – atrapalham muito.

A maior parte das agências de turismo e sites de viagens não quer falar sobre o assunto oficialmente. Mas apuramos com alguns agentes de viagens que os brasileiros têm pesquisado sobre o assunto. Na Índia, ao contrário, o assunto é tratado com mais clareza. A Gem Tours & Travels, de Bombaim, anunciou que estava registrando clientes para uma viagem de quatro dias a Nova York com direito a uma injeção de coronavírus por cerca de US$ 2.000 para indianos – entre os requisitos está o de ter visto válido de 10 anos para os EUA. A Zenith Holidays, de Calcutá, tem em seu site até uma guia “Vaccine Tourism” no qual os clientes podem preencher um formulário de inscrição, clicar em enviar e em minutos um e-mail da empresa aparece em seu caixa de entrada prometendo mais informações.

PAÍSES QUE VACINAM ESTRANGEIROS

Cuba – A ilha caribenha, cuja maior fonte de renda é o turismo, foi um dos primeiros países a oferecer a vacina contra Covid-19 para turistas estrangeiros. A vacina é cubana. Foi desenvolvida na ilha e é chamada de “Soberana 2”. Não há dados comprovando a eficácia do imunizante.

Rússia – Qualquer pessoa pode receber uma dose gratuita – incluindo estrangeiros – da Sputnik V. Os interessados precisam apenas apresentar um documento de identificação, como o passaporte. Mas brasileiros não podem entrar, a não ser que tenham dupla cidadania, europeia, por exemplo. Mesmo assim, precisam fazer quarentena.

Ilhas Maldivas – Para as Ilhas Maldivas, porém, é permitido ir. A única exigência feita aos brasileiros são resultados negativos em exames de covid-19. Lá, o governo local lançou no dia 19 o “programa 3V: visita, vacinação, férias (vacation, em inglês)”. As visitas com direito ao imunizante devem começar dentro de dois meses, quando todos os habitantes das Maldivas, com uma população total de 540 mil pessoas, estiverem vacinadas. As Maldivas administram as vacinas da Astrazeneca/Oxford, Sinopharm e Pfizer. Até o dia 19, 40.230 pessoas já tinham recebido duas doses, e cerca de 280 mil, a primeira. Mas prepare o bolso: só a passagem para esse arquipélago no Sul da Ásia custa R$ 4.578 por pessoa. As hospedagens por lá são muito luxuosas e caras.

Panamá e Costa Rica;Esses dois países caribenhos tiram boa parte de sua riqueza do turismo. Por isso, os dois estão planejando se tornar destinos “covid free”. A ideia é vacinar todos, incluindo turistas.

Emirados Árabes Unidos – Nos Emirados Árabes Unidos, oficialmente, só cidadãos podem se vacinar.  Mas a reportagem do The Telegraph, um jornal britânico, mostrou que o Knightsbridge Circle, um clube da elite de Londres, tem oferecido a seus clientes a possibilidade de viajar até Dubai para receber a vacina produzida pela empresa chinesa Sinopharm por soma equivalente a R$ 189 mil.

Israel  – O Ministério da Saúde local estipulou vacinação gratuita para todos que estiverem no país, independentemente do status da cidadania ou cadastro no sistema de saúde. Brasileiros judeus, por lei, têm dupla cidadania. Mas a viagem sai caro, uma vez que é preciso ficar pelo menos duas semanas em quarentena e ainda esperar ao menos três semanas pela segunda dose da vacina.

EUA – Estados como Arizona, Texas e Lousiana vacinam turistas. Mas além das barreiras sanitárias contra brasileiros, as regras mudam de um dia para outro. Existe um certo risco da viagem não dar em nada. (Com informações do site 6 Minutos)

Author: João Alberto

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