Tóquio, GE, futuro: Tiago Medeiros abriu o jogo em entrevista para o Blog JA

Tóquio, GE, futuro: Tiago Medeiros abriu o jogo em entrevista para o Blog JA

Tiago Medeiros – Créditos: Arquivo Pessoal/Divulgação

O queridinho dos pernambucanos bateu um papo especial com a equipe do Blog João Alberto. Tiago Medeiros, que vem realizando um excelente trabalho no jornalismo esportivo, chegou de fininho e em pouco tempo conquistou o coração dos pernambucanos – e do mundo – com seu bom humor e carisma. Em entrevista especial, o apresentador do Globo Esporte contou detalhes de sua viagem para o Japão, onde fez a cobertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, do carinho que recebe diariamente do público e do seu futuro no jornalismo. Será que “minha joia” tem planos de deixar o Recife e tentar carreira em outra cidade? Esse e outros detalhes você confere na íntegra no quadro Blog J.A Entrevista.

>> Bate-papo com Tiago Medeiros

Nos últimos meses sua vida profissional passou por marcos históricos, como foi lidar com todas essas mudanças? 

– Com naturalidade e gratidão. Ali estou eu, mas só estou ali graças ao suporte, comprometimento dos meus colegas do Globo Esporte Pernambuco. 

Cobrir as Olimpíadas é o sonho de muitos jornalistas esportivos, você já esperava receber o convite para esse desafio? Como foi viver essa experiência?  

– Não esperava. Não tinha criado a expectativa, não focava nessa convocação, mas foi uma surpresa maravilhosa. Fazer parte de uma cobertura imensa como essa, do maior evento esportivo do planeta, representando meu estado, levando nosso sotaque, foi o momento mais marcante da minha trajetória profissional.  

Se tivesse que destacar um momento marcante em sua passagem por Tóquio, qual seria? 

– A cerimônia de abertura foi um momento muito especial por ter ‘’despertado’’ no povo japonês um sentimento de pertencimento com aquilo tudo. Os japoneses estavam, de maneira legítima, reticentes quanto à realização dos jogos, em função da pandemia, mas vestiram as cores do seu país e da maneira mais bela àquele momento: respeitando os protocolos, a situação.  Estiveram acompanhando a abertura na praça ao lado do estádio olímpico, de maneira ordeira, respeitando o distanciamento, com absoluto uso da máscara. Era muito difícil encontrar um japonês sem máscara.  

Outra situação que marcou muito foi a homenagem promovida pelos meus colegas do Sportv, durante o seleção, quando apresentaram um vídeo do meu filho no dia do meu aniversário. Eles não sabiam que também era aniversário dele, nós dois nascemos no mesmo dia (4/8), e cai feito um ‘’pato’’ na surpresa. Estava há quase 40 dias longe do meu filho, não tinha retorno de vídeo e fui surpreendido com a voz dele. As pernas tremeram, tive que me sentar depois, dar uma respirada. Coração 4.1. kkk! 

Os recifenses estão morrendo de orgulho de você, mas a pergunta que não quer calar: Planos de deixar o GE e migrar de vez para o Esporte Espetacular?  

– Não existe nada nesse sentido. o esporte espetacular é um programa brilhantemente conduzido por Bárbara (Coelho) e Lucas (Gutierrez). Uma dupla sintonizada, uma ‘’usina de carisma’’. Até quando o povo e meus gestores quiserem (hahahaha!), sigo apresentador do nosso amado Globo Esporte Pernambuco, jornal que faz/fez parte da minha vida, me vocacionou. Saia correndo do colégio, de fato correndo, para poder acompanhar o bloco local do GE Pernambuco quando era criança.   

Estou muito feliz também por essa oportunidade em ter ido tirar as férias de Lucas, um cara que admiro demais por sua versatilidade. Fui acolhido pela equipe do esporte espetacular, Bárbara, além de uma profissional extraordinária, é uma amiga, estivemos muito próximos na cobertura dos jogos olímpicos no Japão. A Globo me oferece todas as condições, liberdade para desempenhar minhas funções. Além de oportunizar uma experiência como essa de ancorar o principal programa esportivo da nossa casa, o EE.   

Somos fãs do seu bom humor e da forma leve como aborda as temáticas de suas pautas, em especial o clássico Caldinho do GE. De onde vem essa alegria e criatividade?  

– Não sou humorista, não me peça para fazer uma piada, um stand-up comedy, mas me considero uma pessoa pra cima, alegre e é o tipo de comunicação que me sinto mais à vontade em fazer, porque assim sou fora do ar. Costumo dizer que o GE aceitou minhas qualidades e defeitos. Sei que esse meu estilo de comunicar seria incompatível com os formatos de 10/15 anos atrás, mas estamos cada vez mais próximos do entretenimento. Claro, respeitando os preceitos jornalísticos, e sempre focado em falar para o povo e não para mim mesmo. Faço o GE para o meu patrão, o povo, e não para me agradar. Me ponho como espectador, entendo que àquela hora que está assistindo está se desligando, de alguma forma, de suas obrigações cotidianas (pausa do trabalho, colégio, etc) e quer ver algo leve, natural. O esporte oferece isso. Me sinto muito à vontade no que faço.

Gostaria de deixar uma mensagem para as pessoas que tanto te admiram e te acompanham? Se sim, qual? 

– Agradecer a moral, o carinho costumeiro das pessoas, que sempre me abordam. Meu patrão é o povo. Tudo é para o povo, para nossa audiência. Nosso esforço é coletivo, absoluto nesse sentido. Espero o mais breve estarmos ‘’libertos’’, vacinados, para restabelecermos o contato com as pessoas fora do estúdio. Menos ar-condicionado e mais sol na cabeça. Gosto de gente, de estar no meio das pessoas. Acredito demais nessa comunicação. 

Como disse, apresento o jornal (Globo Esporte) que me levou a escolher o jornalismo, trabalho há 16 numa empresa que me oferece todas as condições e sempre foi parceira no meu crescimento. Comecei como estagiário, fui produtor de reportagem, editor, repórter, fazer o que se ama não é trabalho, é um privilégio. Papai do céu exagera em ser tão bom comigo. 

Author: Marcela Nunes

Compartilhe este post