4º Janeiro Sem Censura oferece programação especial até o dia 20 do de fevereiro

Coletivo Agridoce (Foto – Zito Jr)

Obras teatrais, shows, performances e filmes serão exibidos gratuitamente no YouTube do Coletivo de Dança-Teatro Agridoce, grupo organizador do festival. O Coletivo de Dança-Teatro Agridoce começou a exibir na sexta-feira (4), a programação virtual do 4º Festival Janeiro Sem Censura, uma maratona de apresentações culturais online que levantam a bandeira contra a censura artística e a opressão contra vivências de pessoas LGBTQIA+, mulheres, negros e outras minorias. Ao longo de três fins de semana, até 20 de fevereiro, a edição 2022 do evento transmite apresentações pré-gravadas e exclusivas para o festival. Na programação constam espetáculos teatrais, a exemplo de “Eternamente Bibi”, uma homenagem a Bibi Ferreira pela atriz transformista Letícia Rodrigues; e “Se beber, não dirija”, performance com Sharlene Esse, homenageada do festival, considerada uma das primeiras atrizes trans na cena pernambucana.

Também haverá shows com as cantoras RENNA e Benedita Arcoverde, com o duo musical Barbarize e a performance “Flor de Romã”, que une artistas dos coletivos pernambucanos Agridoce, Daruê Malungo e D’Improvizzo Gang – DIG. Serão transmitidas, ainda, duas mesas de debate com convidados especiais – “Visibilidade Trans” e “Preterida: como sobreviver em uma sociedade branco centrada?”. A programação virtual do festival começaria apenas no próximo dia 14/02, mas devido ao avanço da Covid-19 em Pernambuco neste janeiro de 2022, o 4º Janeiro Sem Censura precisou antecipar a agenda. As apresentações e as mesas de debate, que poderiam ser conferidas presencialmente no Espaço Cênicas, no Bairro do Recife, desde o último 25 de janeiro, foram apenas gravadas sem presença de público para transmissão no YouTube.

>> O Festival

O Janeiro Sem Censura surgiu em 2019 em um movimento contra a censura sofrida pelo espetáculo “O evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu”, da atriz trans Renata Carvalho, em Pernambuco. Em 2020, o JSC ganhou status de festival e passou a ser realizado pelo Coletivo Agridoce. De lá para cá, a iniciativa vem mobilizando a cena artística do Estado abrindo espaço para corpos e vivências dissidentes e marginalizadas,  exaltando o trabalho artístico de pessoas trans e travestis, inserindo-as no circuito cultural pernambucano.

O 4º Janeiro Sem Censura é realizado com incentivo da Lei Aldir Blanc em Pernambuco, através da Fundarpe, Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Governo de Pernambuco e Governo Federal. 

>> Programação

Sexta, 11/02 – Mesa de Debate: “Preterida: como sobreviver a uma sociedade branco centrada?” – com Jarda Araújo, Lili Guedes e Tatiana Menezes. 

Sábado, 12/02 – Espetáculo “Rainhas”, com Coletivo Abaya

Domingo, 13/02 – Performance de Dança “Arreia”, com Iara Campos e Iris Campos

Quinta, 17/02 – Apresentações teatrais:

“Eternamente Bibi”, com Letícia Rodrigues (Coletivo Cara Dupla)

“Se beber, não dirija”, com Sharlene Esse

Sexta, 18/02 

Espetáculo “Mi Madre”, com Jhanaina Gomes

Show musical Flor de Romã (com Coletivo Dança-Teatro Agridoce, Daruê Malungo e D’Improvizzo Gang – DIG) 

Sábado, 19/02 – Shows musicais

Barbarize

“Boka – O Centro do Mundo”, com Benedita Arcoverde

Domingo, 20/02 – Apresentação de experimento cênico fruto da Oficina (Trans)Passar em Foco, com Coletivo Agridoce e alunes da oficina 

Author: Marcela Nunes

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